sexta-feira, 29 de julho de 2011

Banda Symfonia - Metal Melody



    Essa com certeza é para a galera que curte guitarra nas alturas. Já está no Brasil a Banda Symfonia (isso mesmo, com m), dando a largada para a turnê pelo Brasil e América Latina, divulgando seu primeiro CD, In Paradisum. O primeiro show da Symfonia será dia 30 de julho, em Brasília, naquele que é considerado o maior evento de rock do Brasil, o Porão do Rock. A banda tem sido considerada pelos admiradores do gênero musical como uma grande revelação e um super grupo, até mesmo por ser uma revelação que traz nomes conhecidos e muito talentosos do heavy metal melódico, dentre os quais o vocalista brasileiro André Matos (ex Angra), como sempre, a meu ver, dando um verdadeiro show nos vocais. 
     O heavy metal melódico, caracterizado por notas longas e intensidade, quase um "casamento" vocal-guitarra; teclado-bateria; baixo-bateria - com uma alternância proposital entre a ferocidade guitarra e vocal sendo amenizada durante tempos, objetivando o destaque desta ou daquela passagem musical. O CD In Paradisum pode não trazer inovação ao metal, mas com certeza atrai e leva à ação...e já que toda ação corresponde á uma reação...vale a pena ouvir!!

A agenda de shows da Symfonia no Brasil:

30/07 - Porão do Rock, Brasília;
31/07 - Citibank Hall, São Paulo;
02/08 - Bar Opinião, Porto Alegre;
05/08 - Teresina (local? ñ sei informar, infelizmente);
06/08 - São Luís - idem;
07/08 - Fundição Progresso, Rio de Janeiro.


Eu vou!!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amy Winehouse



    Gostaria de dizer algumas palavras a respeito de Amy Winehouse, sua voz inconfundível, seu talento inigualável, seu jeito excêntrico e, como ela dizia, problemático de ser. Bem, eu poderia falar o que todos já falaram e falar sobre o que todos sabem ou imaginam, mas todos já falaram. Prefiro falar somente sobre a criatura admirada por muitos, incompreendida por tantos outros e indiscutivelmente, um dos maiores nomes da soul music contemporânea.
      Amy sempre será lembrada , pelas loucuras, pela voz, pelo que foi e pelo que nunca será, simplesmente por "ser" Amy Winehouse. Verdadeira e Eterna Celebridade Musical nos deixa - como outros nomes reluzentes da música - prematuramente, mas posso dizer com certeza, sua Eternal Soul, será reverenciada e referência musical para sempre. O que "forja" nomes talentosamente incríveis como Amy, Morrison, Hendrix e outros, e o que os move na direção que seguem, é um mistério. Como fã, alguém que gosta da música "de VERDADE", lamento e desejo que Amy encontre em seus novos caminhos a paz que, por razões que não nos cabe julgar, não encontrou aqui.
     Amy Winehouse - R.I.P. Mais de Amy Era mesmo uma DIVA, uma DIVA VERDADEIRA, "INCRIADA" não uma mocinha encantadora e afinadinha alçada ao posto de superstar, cantora pop feita em laboratório. Amy Winehouse, ente dotado de voz, presença, atitude e de tudo o mais que eterniza o artista, não tinha (outra característica dos verdadeiros e inigualáveis talentos) a noção do alcance de seu trabalho. Ela queria apenas "ser diferente" e ao mesmo tempo exercer a liberdade de simplesmente ser uma garota londrina com os sonhos que toda menina que leva uma vida "normal" tem. Sim, ela sonhava ser patinadora em supermercado e dona de casa - mas como, depois de descoberta, poderia a menina londrina que sonhava em levar uma vida simples ao lado da família ter uma vida sem grandes surpresas e reviravoltas? O mundo espera, ardentemente, por estrelas como Amy; o mundo recebe, idolatra e cobra, cobra muito por tal adoração.
      Amy Winehouse declarou certa vez que não entendia o que havia de especial nela. "Eu apenas gosto de cantar, escrever, e gosto de música boa." E afirmava sua insegurança em relação a tudo que envolvia sua imagem, sendo, de certa maneira, ela mesma uma estranha no espelho: "Sou cantora e não modelo. Me sinto mal com a minha figura, fico insegura. e quanto mais insegura me sinto, mais uso maquiagem e maior fica o cabelo. Eles me protegem." Infelizmente a maquiagem e o cabelo não foram suficientes para camuflar a insegurança e a timidez de Amy. Cabelo e makeup são artifícios inofensivos, mas ela precisou de mais e demais. Vai a pessoa, fica a obra...e a obra de Amy Winehouse, tenho certeza, está grafada com letras douradas nas páginas do espaço infinito. Desejo, novamente, que ela encontre a Paz. "...And life is like a pipe /and I'm a tiny penny rolling up the walls inside..." E mais R&B...Back to Black:

                                                                                          Postagem de Renata Afonso

domingo, 10 de julho de 2011

Madeleine Peyroux


   Quando você vê e ouve a talentosa cantora de pop-jazz Madeleine Peyroux no palco, ela emite uma aura inebriante de lugares que viveu, ela absorveu a música que flutua em torno dela como uma exposição de vários fantasmas de rostos e vozes do passado. Esses lugares incluem Paris, onde ela forjou sua identidade musical como cantora de rua, e Atenas, na Geórgia, onde ela nasceu. O eco dominante em seu estilo vocal é Billie Holiday, cujo fraseado furtivo e inflexões ela replica com precisão. Você também pode ouvir ecos de Peggy Lee, Mildred Bailey, Wiley Lee e Maria Muldaur, com traços mais fracos de Bessie Smith e Patsy Cline. melancolia, um Holiday pode ter fornecido estilístico modelo a Ms. Peyroux. Mas em vez da sensualidade crua e anseio faminto que Lady Day e seus descendentes trouxeram para suas canções, a Sra. Peyroux projeta uma fluido abstrato.      
     É Billie Holiday sem garras, porque você não está em perigo de ser emocionalmente ferido. Ms. Peyroux toca violão, emprestando alguns de seus materiais de um velho tempo a cadência e o estilo country-flexionado com o sotaque meloso Europeu de Django Reinhardt. E sua banda preenche o clima de nostalgia indiscriminada. Mas não se enganem: Ms. Peyroux é uma cantora contemporânea, uma rebelde tranquila, mas inflexível contra o glamour de mau gosto e provocação sexual da maioria do pop contemporâneo. Só por isso ela merece ser elogiada.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Legião Urbana - a gente era feliz e não sabia...


O grupo Legião Urbana foi formado em 1983, após a separação do grupo punk Aborto Elétrico. Nesse meio tempo, pós Aborto e antes de formar a Legião, Renato fez várias canções como cantor solo, que mais tarde se tornariam grandes sucessos da Legião. A banda, com a formação que iria até o fim com Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, começa então a tocar em festivais fora de Brasília, e um dos lugares que deu maior projeção ao grupo foi o Circo Voador, no Rio de Janeiro. Nesses shows, o set list era composto por muitas músicas da época do Aborto Elétrico, como ''Que País é Este" , "Geração Coca-Cola", "Química" etc. Herbert Vianna, amigo de Renato Russo, havia conseguido um contrato com a EMI no fim de 83 com o seu grupo, o Paralamas d oSucesso, e no álbum "Cinema Mudo" grava a música" Química", da Legião.
      O diretor artístico da gravadora, Jorge Davidson, se interessou pela canção e pediu a Vianna que chamasse Renato para uma conversa. No fim do ano eles gravaram a primeira demo, no Rio de Janeiro. Sai então o primeiro LP "Legião Urbana", pela EMI-ODEON, que já trazia sucessos como "Será", "Ainda É Cedo" e "Geração Coca-Cola". Os shows ficaram famosos por terem um comportamento totalmente anti-pop e pela postura de Renato que não permitia "bagunça" durante as apresentações. Após o álbum "DOIS", o mais vendido de toda a carreira, a Legião quase terminou, pois Russo já estava irritado com os objetos que eram atirados no palco e todos os integrantes estavam estressados com as turnês. Quando essa fase difícil passou, a banda começou a trabalhar no repertório do terceiro disco. "Que País é Este".
      Esse álbum rendeu a eles a consolidação da banda no rock nacional, mas também lhes trouxe complicações, como tumulto em um show em Brasília, em junho de 1988. A partir daí, inicia-se uma nova fase para a banda. Com a saída de Renato Rocha, Renato e Dado revezam-se no baixo na gravação do próximo trabalho em estúdio, intitulado "As Quatro Estações", de 1989. As letras, além das críticas sociais, tratam de AIDS, romantismo e homossexualismo. No final de 1990, Renato Russo, que passava por diversos problemas de saúde devido à dependência alcoólica, descobre que é soropositivo, interrompendo assim a turnê. Após essa pausa, é lançado, no final de 1991, o álbum "V" (cinco) , com uma temática mais pessimista e temas como drogas e a crise do país. Em janeiro de 1992, o grupo grava o"Acústico MTV."
    A turnê desse álbum foi interrompida em setembrode 1992, devido a novas complicações de saúde de Russo. Parte do material ao vivo da banda entrou para a coletânea "Música Para Acampamento", lançada ainda em 1992. No início de 1993, Renato começa um tratamento intensivo contra a dependência química e em dezembro de 1993 é lançado o álbum "O Descobrimento do Brasil", trazendo um som mais diversificado, com a inclusão de instrumentos novos, como o bandolim, a cítara e o dobro. Logo após esse disco, Renato grava um álbum solo. Já de volta à Legião, começa a compor as letras para o próximo álbum, mas sente-se cada vez mais enfraquecido devido à doença. Seu estado de saúde piora muito durante as gravações, atrasando o lançamento do disco. Em 21 de setembro de 1996, sai o último álbum da banda, "A Tempestade" (ou o Livro dos Dias), e Renato se isola em seu apartamento, dando apenas algumas raras entrevistas.
Em 11 de outubro de 1996, Renato vem a falecer. Segundo a versão dos médicos e da imprensa, vítima de AIDS. O fim da Legião Urbana é então anunciado em 22 de outubro pelos parceiros Dado e Marceloa, companhados do empresário da banda, Rafael Borges. Depois disso ainda foi lançada a coletânea "Mais do Mesmo", "Acústico MTV" e o duplo ao vivo "Como é Que Se Diz Eu Te Amo", registrado na turnê de"O Descobrimento do Brasil", em 1994, no Rio de Janeiro.
     A Legião Urbana fazia um Rock poético-romântico, mas também com temáticas existenciais. Muitas de suas músicas tinham letras engajadas, extremamente politizadas e com crítica social contundente. A minha real preocupação com a produção musical atual é que ela é feita a toque de caixa$. Poderíamos, graças a Deus, citar alguns nomes de cantores e bandas nacionais que ainda fazem a música arte, a música que requer matérias primas cada vez mais raras: INSPIRAÇÃO, POESIA, ORIGINALIDADE, ESTILO, CRIATIVIDADE e,sobretudo, AMOR pela música, pelo prazer de fazer música. O resto é secundário. Ma$ tem gente demai$ por aí fazendo uma música medíocre, puramente comercial, portanto,descartável...


domingo, 3 de julho de 2011

Mumford and Sons


     Uma vez que eles se formaram em dezembro de 2007, os membros do Mumford & Sons tem compartilhado um objetivo comum: fazer música que importa, sem se levar demasiado a sério. Quatro jovens do Oeste de Londres, em seus vinte anos, eles têm fogo em suas barrigas, romance em seus corações, e êxtase em suas magistrais e melancólicas vozes . Eles são amigos ferrenhos - Marcus Mumford, Winston País, Ben Lovett, e Ted Dwane - que trazem sua música para nós com a paixão e o orgulho de um antiquário, negócio de família muito acalentado. Eles criam um corajoso som dos velhos tempos, que se casam com a magia de Crosby, Stills, Nash and Young com a força do Kings Of Leon, e sua incrível energia nos leva rapidamente para o seu círculo de músicas, para o calor de suas histórias, e à sua comunidade mágica de homens de olhos lacrimosos.
     Os quatro amigos estavam tocando vários instrumentos em várias bandas em Londres durante o verão de 2007. Eles se uniram para realizar interpretações de improviso, primeiras tentativas na canção-escrita na frente de multidões de amigos, em noites suadas de Folk nos subterrâneos da capital. Eles foram ligados pelo amor ao country, bluegrass e folk, e decidiram fazer música que soava alta, orgulhosa e viva - levando música que pode muitas vezes serem bonitas e delicadas, e preenchê-las com coragem, entusiasmo e confiança. "Foi um momento muito emocionante, e embora Nós amamos e estava-mos maravilhados com a música acontecendo ao nosso redor, nós não nos consideramos candidatos na cena musical assustadora e bonita de Londres. Nunca houve qualquer idéia de competição, apenas puro prazer ", diz Marcus. Eles amavam música ao vivo tanto que praticaram os seus atos nas calçadas e fora dos espaços musicais da cidade, também atuaram como backing vocal para os amigos com quem eles tocaram.
     O álbum começa com a faixa-título, a extraordinária "Sigh No More", uma declaração de intenção, que faz referência a linguagem romântica de Shakespeare em "Muito Barulho por nada", eles cantam: "O amor não vai te trair/ te desanimar ou te escravizar / vai te libertar / E você sera como o homem que foi feito para ser". Entre as faixas escuras e refletivas como Thistle & Weeds e baladas como White Blank Pages, Winter Winds and Roll Away Your Stone, musicas que cojuram tempestades que "entulham Londres com corações solitários ", esta ultima e fabulosa fala sobre um homem sem sucesso tentando encher o buraco em sua alma.
     Como o álbum segue em frente, nunca morre o fervor. "Little Lion Man" - uma faixa que Zane Lowe nomeou o "Record mais quentes no mundo de hoje" em um recente programa da rádio 1 - é uma fúria sobre arrependimento e mágoa não resolvida: "Tremei, pequeno Homem leão / Você nunca vai resolver qualquer um dos seus pontos / Tua graça é desperdiçada em seu rosto / sua ousadia está sozinha entre os destroços ". E, finalmente, depois de uma chicotada selvagem que veio na fábula assassina da Dança Dust Bowl, After The Storm chega a ser a única faixa que Mumford & Sons escreveu em estúdio, longe do palco ao vivo que conhecia tão bem. Ergue-se uma faixa incrivelmente comovente para um álbum incrivelmente comovente - a história de um homem com medo do que está atrás e do que está antes, e cria uma conclusão considerada épica para o álbum de estréia da banda.
     A reputação "ao vivo" do Mumford & Sons vem antes deles, e agora sua estréia incrível revela a extensão de sua magia e majestade no registro. Sinta o fogo em sua barriga e o romance em seu coração quando você ouvir, deixe a sua pausa de voz em êxtase - e você também nunca mais vai suspirar.

domingo, 26 de junho de 2011

Cartola - Mestre do Samba e da Malandragem


        Quem não gosta de samba!... Vai, pode até ser que este não seja definitivamente o seu estilo preferido, não seja a sua praia, mas que o bom, velho, imortal e sempre presente VERDADEIRO SAMBA brasileiro, aquele, que atravessa as fronteiras, tanto as  geográficas quanto as sentimentais, continua e continuará existindo, é fato. e motivo de alegria, de orgulho, até! Afinal, como já dizia o samba de Edson e Aluísio, na voz da Alcione, vive na pele do nosso povo o apêlo do refrão: “Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar, o morro foi feito de samba...” – todo mundo já cantou, inúmeros intérpretes regravaram o sucesso que rendeu à Alcione, a Marrom, o Disco de Ouro, naqueles distantes anos 1970.
     Muito bem! Mas hoje eu venho prestar minha homenagem, minha lembrança àquele que é, muito justamente, considerado o maior sambista brasileiro: Cartola! E a minha viagem ao mundo do samba legítimo carioca foi  hoje, assistindo na TV sobre a entrada do BOPE no Morro da Mangueira para instalação de mais uma UPP....fiquei pensando no povo, no samba, na escola de samba, vai que uma “coisa” puxa a outra e de repente, escuto na rádio - o quê? Um clássico de Cartola: “As Rosas não falam” – sempre digo, coincidências não existem! Feliz coincidência que venho dividir com os leitores do Lero Musical.
      A vida controversa, os altos e baixos (muitos baixos) da carreira, o casamento com Dona Zica, a amizade com Carlos Cachaça, figuras míticas da boemia carioca...é, Cartola, as rosas não falam, mas na sua música, voz, violão, muito amor e sentimento, elas não apenas exalam perfumes melódicos fugazes e luzidios como uma manhã de outono (“pois já vai terminando o verão - enfim”), mas nos fazem percorrer musicalmente tempos que não vivemos e, não obstante, tornaram-se eternos, bons tempos em que o samba ia além do tum-tum-tum e refrões bobos-vulgares de hoje em dia – e que na verdade, não é "o" samba, nem aqui, nem na Mangueira! É qualquer "bobalização" comercial que, por sinal, nem dá mais certo (mas esse já é outro assunto). Cartola, é verdade, as Rosas não falam, elas cantam, tamanha a beleza simples de sua música! A propósito, recomendo muito também “O mundo é um moinho”, acho que todo mundo já ouviu na voz do Cazuza...malandro é malandro. É isso aí!

                                                                                       Postagem de Renata Afonso

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O country brasileiro fala "uai"

    A cantora e compositora mineira Paula Fernandes vem atraindo os holofotes e lentes da mídia de uma forma alucinante. Apesar de sua carreira ter se iniciado ainda na pré-adolescência, a bela cantora das Minas Gerais de 27 anos, que aos dez gravou seu primeiro disco independente e aos dezoito chegou a desistir da carreira artística, consegue finalmente decolar e conquistar um público encantado com seu estilo, que é definido por ela mesma como um pop rural, que reúne elementos característicos da música country americana e do sertanejo romântico nacional.
  
 Sua escola, inicialmente, foram os rodeios dos quais participou desde criança, passando pela escola musical da noite, com voz e violão, interpretando vários estilos musicais que vai do sertanejo raiz ao pop romântico internacional. Chegou a gravar canções como Dust in the wind, Nothing else matters, The boxer, Fallen, Don't, Behind blue eyes e outros; mas selou mesmo seu sucesso definitivo com suas próprias composições como Pássaro de fogo, Jeito de mato, Quero sim, Sem você, Pra você, Meu eu em você e outros. Paula Fernandes tem um timbre bonito, relativamente grave, com razoável extensão vocal e bom domínio de notas em falsete.
  
   O fato de se enquadrar em um estilo mais próximo do country americano do que propriamente do sertanejo nacional não subtrai de sua carreira todo o 'brasileirismo' presente em sua arte, como também em sua postura pessoal. É importante ressaltar que, embora Paula Fernandes venha participando de parcerias e aparições com artistas consagrados da música brasileira, seu sucesso deve-se, sobretudo, ao seu talento e obstinação e, porque não dizer também, à sua bela aparência, a uma simpatia discreta e especialmente singular.
   
  Mas eu, particularmente, não gostei de seu DVD gravado ao vivo. Apesar das boas canções e da boa interpretação da cantora, não consigo entender como tantos músicos, produtor, arranjador e outras pessoas ligadas diretamente à música não perceberam que faltavam arranjos de cordas, teclados, e permitiram que um projeto importante ficasse tão pobre nesse aspecto. Em seu primeiro DVD gravado ao vivo, a cantora contou apenas com os arranjos de um bom sanfoneiro e, em uma das canções, com a brilhante participação do maestro violinista Marcus Viana, ficando todo o resto reduzido a um tímido acompanhamento harmônico sem nenhuma criatividade.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pra você que não está conseguindo escutar nossas rádios

Amigos, como sabem, o Lero, dentro do espírito de oferecer sempre mais e mais atrativos para seus membros, disponibilizou algumas estações de rádio (escolhidas a dedo e atendendo às principais preferências da galera do blog) para curtirem um sonzinho gostoso enquanto navegam conosco. Se alguns de vocês não estiverem conseguindo acessá-las, pode ser devido à falta de um plugin, como por exemplo o "Media Player plugin". Se você não o tem ou esse plugin está com algum defeito, você pode baixá-lo rapidinho; verifique também a compatibilidade deste com o seu navegador e, se for o caso, instale também um navegador compatível, sem necessidade de se desfazer do anterior. Quaisquer dúvidas, entre em contato conosco, através da seção de comentários, que teremos prazer em atendê-lo. Abraços!
Para baixar o Media Player plugin, clique no link a seguir ou copie e cole na barra de seu navegador, seguindo as etapas indicadas pelo próprio site:  

http://www.baixaki.com.br/download/plug-in-do-windows-media-player-para-firefox.htm

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nova voz do soul Britânico.



Carregado de emoção terrena, tons ricos e alma forte. Liam Bailey é o Cantor e compositor de blues britânico com um excelente álbum de estréia. Cultivado pelo lendário produtor de Amy Winehouse Salaam Remi.
Já é um firme favorito com pesos-pesados da música como Plan B, Jessie J, Chase e Status e Amy Winehouse, Natural de Nottingham vai fornecer a trilha sonora essencial para o verão. Cresceu religiosamente ouvindo Michael Jackson, R Kelly e Oasis, as influências de Liam Bailey são refletidas em seu som original e contemporâneo. Oferecendo um aceno para o movimento motown enquanto prova com composições de auto-cunho, as músicas de Liam falam por si, projectadas para capturar a atenção e mantê-la. Recentemente lançou seu primeiro EP para a aclamação da crítica, a nova musicalidade do blog-esfera não se cansa de sua dinâmica. E com "Out of the Shadows" seu maravilhoso álbum, deslumbrante e já aclamado pela critica muito antes de ser lançado (o CD tem lançamento previsto para este setembro) Liam está pronto para o grande sucesso.

Cazuza - Burguesia


       Proletariado x burguesia – Será que dá música? Se a vida imita a Arte, a música representa a Vida. Você acha que o dia a dia pode ser musicado? Ou não?  Olha, quem disse que 'não' é porque desconhece as possibilidades, as idéias geniais e "mirabolantes" e a enorme responsabilidade social daqueles que, conscientemente, desempenham produtivamente seu espaço na mídia e na sociedade. É justamente o buscar o caminho contrário da "preguiça musical" a que o Carlos da Costa se referiu. É ter coragem e buscar espaço útil no mundo. Vivemos um momento “tenso”, bombeiros reinvidicam melhores salários, condições dignas de trabalho, o mínimo necessário para o desempenho de sua honrada função. Professores igualmente desprezados pelo Poder rebelam-se pacificamente e vão às ruas clamar por melhores salários. E médicos e policiais e o judiciário, trabalhadores em geral e por aí vai, gente como a gente que tão-somente espera o que deveria ser, de antemão, respeitado em suas vidas pessoais e profissionais: dignidade! 
       Levando-se em consideração que a verdadeira Liberdade-Igualdade-Fraternidade só poderá ser possível através de um, até então, utópico equilíbrio burguesia-proletariado, aguardamos esperançosamente lembrando nosso poeta Agenor de Miranda Araújo Neto – o Cazuza. Revolucionário, contestador, talvez não exatamente um "bom exemplo”, mas que, inegavelmente, com seu jeito espontâneo e polêmico abalou, e muito, os alicerces da sociedade pseudo-puritana dos anos 1980. Seu último disco, Burguesia, foi gravado quando o cantor já estava numa cadeira de rodas, soropositivo e bastante enfraquecido devido ao HIV. Álbum dual, com rock/MPB, que lhe rendeu um Prêmio Sharp – homenagem póstuma. Amado por uns, criticado por outros, nunca ignorado, Cazuza e seu Burguesia é parte importante na nossa música.

Fica aqui a música protesto-despedida de Cazuza:


                                                                                                            Autora: Renata Afonso

domingo, 19 de junho de 2011

Vai mais uma dose?...


    "Tristeza e alegria, pecado e religiosidade e sobretudo um clima de festa é o que me toma no blues. O Blues Etílicos tem o poder de injetar essa música em nossas veias. É uma degustação cheia de energia e prazer." Paulo Moura Blues Etílicos é a mais popular banda de blues rock, a que está há mais tempo em atividade no Brasil (20 anos) e recordista em shows e vendagens de CDs no segmento, destacando-se entre estes Cerveja, Dente de Ouro, Misty Mountain, O Sol Também Me Levanta, Jokers e Dinossauro Manco. Trata-se, sem dúvida alguma, da mais criativa e expressiva banda brasileira no gênero. Assisti-los ao vivo é uma experiência ainda mais saborosa: eles cativam, empolgam, magnetizam - e não só pelo seu som fantástico, de primeiríssima, como também pela extrema simpatia. 
          Foi o primeiro grupo nacional a criar um público fiel nesse estilo. Participou de todos os principais festivais do Brasil, por diversas vezes dividindo o palco com alguns dos maiores do blues, como B.B.King, Robert Cray, Buddy Guy, Alberta Hunter e outros, não deixando absolutamente nada a dever a esses grandes mestres (NR: e nisso assino embaixo, já que tive a sorte de assistir a alguns desses festivais e posso garantir que o Blues toca com competência, alma, swing e carisma dignos de ladear-se aos nomes consagrados do blues, e com o diferencial do tempero de ritmos brasileiros em algumas canções - embora saibam tocar magistralmente o mais genuíno blues nativo).  
        A energia do rock, a densidade do blues, mais o balanço da música brasileira, misturados à competência, feeling, "malemolência" e muita disciplina são os ingredientes dessa receita de sucesso e boa música. E assim, o Blues Etílicos foi provando que não era "só mais um grupinho", mostrou que veio para ficar e ainda surpreendeu deliciosamente como um bom vinho, que só melhora com o tempo.



Autora: Lilly 

Preguiça musical globalizada


Refiro-me às pessoas que se contentam facilmente com qualquer coisa que se toca nas rádios e em outros veículos midiáticos.  A qualidade musical em todas as suas nuanças cede lugar a letras e melodias pobres, repetitivas e fáceis de serem reproduzidas por qualquer pessoa e em qualquer lugar . Eu citaria alguns exemplos brasileiros: o sertanejo universitário (gostaria de chamar aqui de sertanejo analfabeto), o funk, que pra mim é uma versão musical de um filme pornô de baixa qualidade, e outros. Refiro-me também a cantores e compositores brasileiros e internacionais que ultimamente não conseguem descer do pedestal pra fazer musica boa. Pergunto-me qual foi a ultima vez que o todo poderoso Caetano Veloso e Gilberto Gil gravaram algo que preste!? Vanessa da Matta com o último CD não superou os outros (fica a impressão de que gravou às pressas pra fazer valer o contrato com sua gravadora).
Aqui na Europa não é diferente, seguem a velha máxima  “ nada se cria, tudo se copia”, talvez buscando elementos na produção musical da década de1980 (melhor década musical de todos os tempos), mas cópias mal feitas e sem qualidade. Gostaria de mencionar algumas diferenças que há na produção musical mais recente nos EUA, Europa e Brasil.
(Brasil): jovens bandas e cantores fazendo música que não valem um centavo do meu bolso: NX Zero, Fresno, Restart, Luan Santana, e por aí vai. Que saudades eu tenho de Cazuza, Renato Russo e muitos outros que eram cantores, pensadores e poetas!… Barão Vermelho nunca mais fez nada de bom. (Europa e USA): cantores jovens fazendo músicas de altíssima qualidade: Adele, Corinne Bailey Rae, Amy Winehouse, Rufus Wainright.  Em contrapartida, outros jovens decidiram usar e abusar de décadas passadas: Justin Bieber, Lady Bloody Gaga, Katy Perry, etc.!
Não tenho a intenção de ser parcial e pessimista, mas isso se torna inevitável!  Atribuo uma grande parcela de culpa por essa produção musical apática e de má qualidade ao próprio público consumidor conformado com o fato de fazer de seus ouvidos uma espécie de latrina ou depósito de detritos sonoros. Existe muita música boa e, na era da internet, quem procura acha.

                                                                                     Autor: Carlos da Costa

sábado, 18 de junho de 2011

Bourbon Festival Paraty 2011


     Local histórico, Patrimônio Cultural, cenário paradisíaco, gente bonita, povo hospitaleiro...local recomendadíssimo para fazer um turismo 5 estrelas, e ainda por cima, com ótima música? Combinação perfeita. E é o que está acontecendo neste final de semana. Entre os dias 17 e 19 temos a 3º edição do Bourbon Festival, com muito, muito Jazz e artistas de primeira, dentre eles Jane Monheit, jovem e talentosa musa “jazzística” norte americana, Roberto Fonseca, compositor, pianista e arranjador cubano, o sensacional Playing for Change, nossa Maria Gadú, dentre outros nomes importantes. E o melhor: É grátis. Parabéns à Prefeitura de Paraty e viva a Lei de Incentivo à Cultura! E que New Orleans e sua mixer music cheia de nuances e muita, muita musicalidade, seja aqui, durante este mágico final de semana. 
                                 
                                                                       (Postagem de Renata Afonso)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Desde criança...



domingo, 12 de junho de 2011

Corinne Bailey Rae


Em 2006, Corinne Bailey Rae lançou seu auto-intitulado álbum de estréia, um álbum que ela havia gravado com um orçamento apertado, enquanto ainda não era contratada por uma gravadora. Uma rápida aparição na BBC2's "Later with Jools" e alguns shows íntimos em todo o Reino Unido já tinha iniciado um boca-a-boca buzz que a levou a ser apontada como a próxima grande coisa. Mas o sucesso desse álbum foi imediato e imenso. Estreando singles no número um na parada de sucessos do Reino Unido, que com musicas como "Put Your Records On" e "Like A Star" tornaram-se um estrondoso sucesso em todo o mundo, e bater direto para o Top 20 na Billboard nos EUA - A primeira pessoa britânica, cantora e compositora a fazê-lo nas últimas décadas - Bailey Rae ganhou uma enorme audiência global em poucos meses. E agora, depois de quatro anos e quatro milhões de álbuns vendidos , chega o tão aguardado disco segundo. Para a cantora de 30 anos de idade e compositora de Leeds, educadamente recusando a sugestões de que ela trabalhe com este ou aquele produtor da grande-liga neste ou naquele estúdio do grande-dinheiro. Co-produziu o álbum com amigos e músicos com quem tinha trabalhado no passado para manter a intimidade e controle, descartando o enorme expectativa mundial gerada pela estréia do primeiro CD. 

sábado, 11 de junho de 2011

Eu não gosto de Ben Jor!


Afinal, o que a crítica "especializada" vê em Jorge Ben Jor? Não que seja uma unanimidade, assim fosse eu desistiria de pretender opinar e entender um pouco sobre música. Alguns cantores de qualidade duvidosa chegam às paradas de sucesso através de matéria paga ou aparição e execução em um veículo de comunicação; a julgar por aí, as revistas, rádios e emissoras de televisão estariam vendendo este produto em suas edições e programações, (que novidade!). Segundo o jornalista Zuza H. de Mello, vários artistas e suas músicas floresceram em função de esquema montado para fazê-los tocar no rádio e na televisão mediante taxas promocionais. "Isso já está institucionalizado! Nem as músicas de Roberto Carlos ficaram livres disso." Não creio que seja, efetivamente, o caso de Ben Jor, e isso não deixa de ser um mérito. Mas, o que o Ben Jor tem? Eu, particularmente, não gosto de Ben Jor; não tem carisma, é desafinado até pra falar, e canta o mesmo repertório há 40 anos. 
      Bem, há quem garanta que Jorge Ben Jor seja um dos legítimos representantes da música popular brasileira, um verdadeiro ícone. E eu pergunto: pra quem? Por quê? Por causa do 'swing' africano literalmente nas veias? De uma suposta mistura de estilos e ritmos que seria característica marcante em suas canções? Por causa dos temas cotidianos, folclóricos, humorísticos, esotéricos presentes em suas letras? 
     A meu ver, Ben Jor que, por sinal, é um bom músico guitarrista e percussionista, não conseguiu converter tantos elementos positivos na produção de uma música de melhor qualidade poética e melódica. Suas canções tem no máximo duas ou 3 estrofes com melodias e rimas pobres - quando há - com versos e palavras repetidos exaustivamente. Então sobra o quê? O 'swing'? Não gosto nem do swing de Ben Jor! Pra ser sincero, acho Ben Jor tão brega quanto o cantor Latino, embora eu não goste muito desse termo "brega" que vem sempre muito carregado de um tom pejorativo e preconceituoso! Que me perdoem os fãs, a crítica 'especializada', mas eu realmente não gosto de Ben Jor.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Memória e raízes da MPB - Adoniran Barbosa


           Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato foi compositor, cantor, humorista e ator. Nasceu na cidade de Valinhos, SP, em 06 de agosto de 1912. A união entre o humorista e o músico resentou seus maiores sucessos musicais: "Saudosa Maloca" (1951), "Malvina" (1951), "Joga a Chave" (1953), "Samba do Arnesto" (1955), "As Mariposas" (1955), "Iracema" (1956) e "Trem das Onze" (1965).  Os "Demônios da Garoa" foram grandes intérpretes de suas composições, principalmente os sambas que citavam vários locais da cidade de São Paulo. 
           Elis Regina gravou "Iracema" e "Tiro ao Álvaro", pouco antes da morte de ambos que viriam a falecer quase na mesma época. Adoniran era amigo dos freqüentadores dos botecos onde se sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o único verdadeiro samba de São Paulo. O reconhecimento a Adoniran Barbosa aconteceu somente em 1973, quando gravou seu primeiro disco e passou a ser respeitado como grande compositor.
            Adoniran Barbosa faleceu em São Paulo, em 23 de Novembro de 1982, aos 72 anos de idade. Seu corpo está enterrado no Cemitério da Paz, no Morumbi, São Paulo. Existe, em São Paulo, o "Museu Adoniran Barbosa", localizado na Rua XV de Novembro, nº 347. No bairro do Ibirapuera há um albergue para desportistas que leva seu nome e, no bairro de Itaquera existe a "Escola Adoniran Barbosa". No bairro do Bexiga, Adoniran Barbosa é uma rua famosa e na praça Don Orione há um busto do compositor. Adoniran Barbosa é também um bar e uma praça. No bairro do Jaçanã existe uma rua chamada "Trem das Onze"

Fonte: http://memoriadampb.multiply.com/photos/album/22 


 
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