sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Holocausto judeu – Oração na câmara de gás de Buchenwald



Na ilustração acima, o  "portão da morte" do campo de concentração de Birkenau.

Oração na câmara de gás de Buchenwald – Schwartz-Bart – O Último Justo

Quando as camadas de gás cobriram tudo houve um silêncio na sala, um silêncio que durou talvez um minuto, entrecortado apenas pela tosse e os soluços dos que já estavam moribundos e impossibilitados de oferecer uma oração. E, primeiramente um riacho, depois uma cascata e, logo, uma irresistível e majestática torrente: o poema que, através do fumo das fogueiras e sobre todos os martírios da história dos judeus, o velho poema de amor que eles traçaram em letras de sangue sobre a superfície da Terra fez-se ouvir naquela câmara de gás, envolvendo-a, vencendo aquela horrível e sombria tosse: SHEMA YISRAEL”... Escuta, ó Israel, o Senhor é o nosso Deus, o Senhor é Um. Ó Senhor, por vossa graça alimentais os vivos e, por vossa grande piedade, ressuscitais os mortos, defendeis os fracos, curais os doentes, quebrais as correntes dos escravos. E, fielmente, sempre cumpristes as vossas promessas para com aqueles que dormem sobre a poeira. Quem é como vós, ó misericordioso Pai, e quem poderia jamais ser como vós...?

As vozes morreram uma por uma em meio ao poema ainda por terminar. As crianças moribundas cravaram as unhas nas pernas de Ernie e o abraço de Golda tornou-se mais fraco, os seus beijos menos intensos, e, ainda presa ao pescoço do seu amado, soltou um último suspiro: “Então nunca mais te verei? Nunca mais...?

Assim, essa história não terminará. Pois a fumaça que se ergue dos crematórios obedece, como qualquer outra, as leis físicas: as partículas juntam-se e dispersam-se segundo o vento que as faz girar. A peregrinação seria olhar com tristeza para um tempestuoso céu, uma vez por outra.

...E louvado. Auschwitz: Seja. Maidanek: O Senhor. Treblinka: E louvado. Buchenwald: Seja. Mauthausen: O Senhor. Belzec: E louvado. Sobibor: Seja. Chelmno: O Senhor. Ponary: E louvado. Theresienstadt: Seja. Varsóvia: O Senhor. Vilna: E louvado. Skarzysko: Seja. Bergen-Belsen: O Senhor. Janov: E louvado. Birkenau: Seja. Neuengamme: O Senhor. Pustkow: E louvado...”

(Para quem não observou, os nomes mencionados logo acima são de alguns campos de concentração [ou de extermínio] na Segunda Guerra Mundial.)

Extraído do livro “As Mais Belas Orações de Todos os Tempos” – compilação de Rose Marie Muraro e Frei Raimundo Cintra


Hino de Israel – “A Esperança” – “Hatikvah”


sábado, 25 de agosto de 2012

Um tributo aos ateus e a Aleluia de Häendell





Eu sou cristã  (ou melhor, tenho uma ética cristã, apesar de  não seguir nenhuma religião.)
E resolvi deixar um tributo a todos os ateus da humanidade.
Não se trata de proselitismo, muito menos de deboche ou ironia ferina.
Deixo meu tributo como sinal de amizade e admiração.
Não por todos os ateus e não pelo simples fato de assim se considerarem.
Quero cumprimentar estas pessoas que ousam viver sem as amarras da religião,
Ousam buscar uma liberdade sem o temor de um juízo final,
Sem as temeridades do inferno ou as promessas de um gozo eterno celestial.
Estes preferem viver o paraíso enquanto podem, nesta existência real que é a única 
sobre a qual temos algum poder.
Abandonaram as muletas existenciais, aliviaram a consciência do fardo pesado do pecado e decidiram viver de maneira ética e decente, independente de qualquer crença.
Estas pessoas não acreditam que a espiritualidade pode ser governada por um ente  supremo representado por líderes inescrupulosos.
Questionam a validade dos cânones e dogmas, avançam livremente sobre a seara do saber, livres de toda teologia, filosofia ou ideologia que os petrifiquem em uma condição devota.
São livres, estes ateus... livres para viver como a maioria dos religiosos não é!
Não se chateiem os amigos cristãos com esta aparente heresia, é que eu também sou atéia nos aspectos que posso louvar. Não que eu não tenha um Deus, não que eu não seja mais cristã, mas não estou presa aos denominacionismos, institucionalismos e cristianismos excêntricos que se tem criado com a única intenção de fazer prosperar o negócio religioso.
Deixo meu tributo para que ateus e cristãos possam caminhar juntos para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, sem os atuais abismos que nos separam, sem a cegueira que nos faz tropeçar.
Espero que um dia todo ateu e cristão possa usufruir de uma fé amadurecida e independente ou que possa estar certo de sua posição, mas não por causa da religião, e sim pelas descobertas de sua própria peregrinação nesta Terra.


Aleluia de Häendell - Concert Des Lycées 2005 -
Le Messie - Hallelujah

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Madonna: com os filhos não...




Na foto acima, Madonna e sua primogênita, Lourdes Maria (Lola)

Madonna, para seus fãs, que sabem tudo sobre a megapopstar, sempre foi conhecida por uma impressionante disciplina e perfeccionismo em tudo o que faz, além de extrema rigidez e severidade para com as pessoas que trabalham com ela, sejam instrumentistas, bailarinos, backing vocals, responsáveis técnicos, donos e funcionários de gravadoras e todos os envolvidos em seus muitos negócios, não tendo dó nem piedade de pôr no olho da rua algum colaborador ao menor deslize.

Esperava-se que com seus filhos tivesse essa mesma rigidez; no entanto, com eles, é bem mais condescendente. Sobre o episódio de sua filha Lourdes Maria ter sido flagrada fumando escondida com amigos cinco meses atrás, especulou-se muito qual seria sua reação, mas só agora ela resolveu se manifestar a respeito. "Não aprovo ninguém fumar, principalmente minha filha, mas não reagi com severidade ou longos sermões.” E disse mais: “Sou muito pouco rígida e exigente com meus filhos. Provavelmente não sou tão rígida como deveria; acho que deveria ser mais durona. Ser mãe solteira de quatro filhos (NR: dois legítimos e dois adotados) e trabalhar tanto é um grande desafio, ainda mais com a minha vida que é uma espécie de aquário. Mas até agora, consegui sobreviver com a sanidade e o humor intactos.

A cantora afirmou ainda: "Sou uma mãe tradicional e faço perguntas do tipo 'Já fez seu trabalho de casa?' ou 'Por que está vestindo isso?' Mas não lhes exijo muito. Gostaria muito que fossem bem sucedidos na vida como eu fui, proporciono-lhes todas as oportunidades possíveis, como estudar línguas, canto, dança, instrumentos musicais... e os incentivo, dou dicas e conselhos baseados em minha experiência, mas não costumo cobrar-lhes resultados por suas atividades. Quando criança e adolescente, fui muito exigida por meu pai, um católico tradicionalista e severo que nos impunha uma disciplina espartana e não nos permitia um momento de ócio, então não quero o mesmo para meus filhos, espero que sejam livres e felizes antes de tudo.

Madonna ajuda Lourdes Maria, menina, a estudar francês (que a garotinha fala com perfeição)


E pelo jeito essa educação tem funcionado, porque Lourdes Maria e Rocco têm bom temperamento, são espontâneos, independentes, carismáticos e talentosos como a mãe, bem ajustados, com um bom grupo de amigos. Rocco e Lourdes já fizeram participações especiais nos shows de Madonna: o menino dançou street dance com perfeição e estilo e a garota dançou lindamente ao lado da mãe, tocou piano e cantou muito bem, de tal forma que a loura já planeja seu lançamento como cantora e dançarina. Quanto aos filhos adotivos, ainda são muito novos, mas provavelmente um bom futuro os espera.

No álbum MDNA, lançado em 26 de março de 2012, a maior novidade ficou por conta da faixa “Superstar”, que marcou a estreia de Lola como cantora nos vocais de apoio. A garota realmente promete fazer jus ao legado da mãe. Além de todos os seus talentos, a adolescente de 16 anos já é empresária: ajudou Madonna a entrar para o mundo da moda lançando a grife “Material Girl” (o nome de uma das músicas mais famosas da cantora). Em suas aparições públicas, Lola também chama a atenção pelo seu estilo próprio. Essa menina promete!

Parece que a prole de Madonna, até agora, tem escapado da maldição dos filhos de pais muito famosos, que acabam ficando em sua sombra e não conseguem se encontrar em nada. Exemplos não faltam: Paris Hilton, Stéphanie de Mônaco, Paloma Picasso, Rafaela FisherPreta Gil e irmãos, os três filhos de Luiz Fernando Veríssimo, os dois filhos homens de Elis Regina... estes e muitos outros que, a despeito de seus esforços, não conseguem alçar voo e se destacar como os pais.

A música Superstar, do último álbum de Madonna - MDNA, com Lourdes Maria estreando (nos backing vocals)


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

E por falar em Choro...

Talvez eu tenha andado realmente nostálgica, talvez sejam as tardes quentes e escuras de agosto, pode ser que ligar o rádio às vezes me cause desgosto, não sei se sou eu que me desatualizei, fiquei mal acostumada, sei lá!
O fato é que tenho procurado cada vez mais ouvir música de "antigamente", quando as músicas mereciam ter esse nome e, seus intérpretes, idem.
E muita, muita gente boa tem ido embora nesses últimos e difíceis tempos do nosso cenário musical.
Não, não sou pessimista. Ao contrário! Até espero e torço para que novos ventos soprem trazendo choros, sorrisos, flautas e músicas maravilhosas, como o chorinho de Altamiro Carrilho.

Demos adeus, no dia 15 de agosto, ao grande músico, compositor e flautista Altamiro Carrilho, aos 87 anos, no Rio de Janeiro.
Considerado pela crítica especializada como um dos maiores flautistas (senão o melhor), Altamiro gravou cerca de 200 (!) canções, sempre levando ao mundo a música brasileira, em especial o chorinho, gênero musical popular e instrumental brasileiro.
Começou a carreira ainda muito jovem, tocando flautas de bambu em Santo Antônio de Pádua, sua cidade natal, sempre impressionando os ouvintes com sua incrível habilidade e capacidade de improvisação - marcas do chorinho.
O reconhecimento popular veio quando o músico ganhou um prêmio no programa de Ary Barroso, com a interpretação de "Carinhoso",  aos 14 anos...e ao som de Carinhoso, tocado pela Lira Operária de Santo Antônio de Pádua, foi realizado seu velório.
Ressaltamos seu disco "Clássicos em Choro", pelo qual recebeu o Troféu Villa-Lobos, como melhor disco instrumental.
Definitivamente e eternamente um nome consagrado na Música Popular Brasileira, Altamiro Carrilho merece ser lembrado, reconhecido e homenageado por todos, pela geração atual, tão carente de bons exemplos musicais, assim como pelas gerações vindouras.
Não só lembrado, mas um grande exemplo e inspiração, mostrando que nem só de tchus e tchás, lê, lê, lês, "facilidades musicais abomináveis" e afins é feita a nobre Música Popular Brasileira.
Ao Mestre da flauta transversa, o nosso muito obrigado e descanse em Paz!

Altamiro Carrilho - Clássicos em Choro Volume 2:

Máquina de Escrever
Valsa do Minuto
Badinerie
Humoresque
Dança Eslava
Minueto do Divertimento n° 11
Czardas
Marcha Turca
Sonata (4° Movimento) (Bach)
Liebs Freud
Serenata dos Milhões de Arlequins
Contos de Hoffmann

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Bipolaridade, genialidade e bipolares famosos





Na ilustração acima: Madonna, a mais bem sucedida estrela pop de todos os tempos, é bipolar.



"É preciso ter caos e frenesi dentro de si para dar à luz uma estrela dançante". Nietzsche

Entre a o céu da euforia (mania) e o inferno da depressão. Assim vivem os bipolares. Uma doença seguidas vezes coabitando com a criatividade e a genialidade. De Michelangelo a Beethoven, de Van Gogh a Francis Ford Coppola, de Balzac a Elizabeth Taylor...

Os autores revisam o conceito de inteligência e criatividade e sua correlação com a bipolaridade. Recortes históricos mostram que já na Antiguidade os homens que se notabilizavam pela excelência nos campos das artes, política e ciência eram tidos como tocados pela loucura. Objeto de estudo de Lombroso, Kretschmer e Jaspers, o gênio louco recebeu atenção de muitos pesquisadores nos últimos trinta anos. Estudos com desenho moderno e rigor metodológico sobre esta conexão nos mais variados enfoques têm se acumulado. Assim é que evidências trazidas à luz por trabalhos epidemiológicos, neurobiológicos, neuropsicológicos e econométricos apontam para a real existência de uma estreita relação entre inteligência e criatividade, e até mesmo genialidade, tendo o bipolar de certo grau grande tendência a ser bem sucedido em atividades que requeiram, sobretudo, criatividade.

Vários estudos apontam que a bipolaridade está mais presente entre artistas do que em outras profissões. Isso porque os bipolares normalmente apresentam as seguintes características: espírito inovador, criatividade, temperamento emocionalmente intenso, curiosidade e empreendedor.


Alguns bipolares famosos (são muitos e muitos.)


Literatura: Oscar Wilde, Agatha Christie, Platão, Virginia Woolf, Ernest Hemingway, Edgar Allan Poe, Honoré de Balzac, Lord Byron, Fernando Pessoa, Victor Hugo,  Florbela Espanca, Emily Dickinson, Hermann Hesse, Göethe,  William Faulkner, Baudelaire, F. Scott Fitzgerald, Émile Zola, Tennessee Williams, Hermann Hesse, Friedrich Nietzsche, Sidney Sheldon, Vladimir Mayakovsky, Charles  Dickens, Leon Tolstoi...

Música: Mozart, Häendell, Beethoven, Tchaikovsky, Héctor Berlioz, Gustav Mahler, Sergei Rachmaninoff, Schumann, Rossini, Madonna, Maria Callas, Jimmy Hendrix, Sting, Rita Lee,  Elvis Presley, Cazuza, Britney Spears, Dee Dee Ramone, Janis Joplin, Sinéad O'Connor, Axl Rose, Kurt Cobain, Ozzie Osbourne, Ray Davies, Peter Gabriel, Cole Porter, Charles Mingus,  Thelonius Monk,  Nina Simone, Charlie Parker, Macy Gray, Connie Francis, Kristin Hersh…

Cinema/TV/Teatro: Charles Chaplin, Ibsen (dramaturgo), Elizabeth Taylor, Robert Downey Jr., Catherine Zeta-Jones, Linda Hamilton, Robin Williams, Stephen Fry, Jim Carrey, Marilyn Monroe, Tim Burton (diretor), Ben Stiller, Mel Gibson, Cary Grant, Francis Ford Coppola (diretor), Eugene O´Neil dramaturgo), Carrie Fisher, Rod Steiger, Maximo Gorki, Jean-Claude Van Damme, Margot Kidder, Nicolai Gogol ...

Artes plásticas: Michelângelo, Salvador Dali, Paul Gauguin, Vincent Van Gogh, Jackson Pollock...

Ciência: Einstein, Santos Dumont, Isaac Newton...

Política: Winston Churchill, Abraham Lincoln, Ulysses Guimarães, Napoleão Bonaparte, Abbie Hoffman, Patrick J. Kennedy...

Outros: Sigmund Freud, Ted Turner (megaempresário dono da rede CNN de TV), Edwin Aldrin (astronauta), Sophie Anderton (modelo)...       


Piano Concerto nº 3 – Sergei Rachmaninoff - um bipolar verdadeiramente genial


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Política, espetáculo e o poder da música




O espetáculo tem e sempre teve um estreito relacionamento com a política. A história nos mostra muitos episódios em que ambos, espetáculo e poder político, aparecem em vital interação.  (Na bibliografia, disposta ao final deste texto, encontram-se indicados estudos sobre alguns desses episódios, considerados emblemáticos.) Hoje temos uma espécie de atualização desse problema: o espetáculo e a política se relacionam em um contexto societário atual, estruturado em rede e auxiliado pela mídia (é sabido o significativo lugar ocupado pela comunicação e pela informação na sociedade contemporânea.) O espetáculo aparece em diversas formas e em todas as instâncias políticas, de forma mais sutil ou mais explícita, sendo a mais evidente a apresentação de candidatos em campanhas eleitorais, em que estes aparecem “repaginados” em diversos aspectos por assessores, normalmente em marketing, que transformam sua imagem naquilo que mais deve seduzir os eleitores. Cada detalhe de sua aparência, modos, pensamentos é cuidadosamente produzido para agradar ao maior número de pessoas, de modo que o verdadeiro homem desaparece e surge o personagem glamourizado, perfeito, aquele que deve encantar e conquistar corações e mentes na busca de votos. No livro L'État Spectacle (O Estado Espetáculo), o autor Roger-Gérard Schwartzenberg detalha bem essa situação.  

Uma propaganda eleitoral de qualquer espécie não serve para pesquisarmos sobre os candidatos; trata-se de um mero programa de TV, um anúncio ou um comício ao vivo apresentando uma sequência de caricaturas construídas para gerar pontos de ibope. Um exemplo clássico desse processo foi a transformação de Lula do líder sindical barbudo, incisivo, de cara séria, voz agressiva e roupas largadas no doce, manso, sorridente, bem vestido e sob suave fundo musical “Lulinha Paz e Amor”, bem mais palatável, por obra e graça do marketeiro Duda Mendonça. (E aqui, que fique claro, não expresso qualquer posicionamento político, nem entro no mérito da competência ou não do ex-Presidente.)

E já que falamos em espetáculo e música, as imagens, canções, vinhetas e jingles apresentados também se prestam lindamente ao show, à ambientação em que se inserirá o galã político, conhecido o poder da imagem e os mais variados estados de espírito que a música pode produzir, levando pessoas a associarem o candidato à emoção a que foi induzido artificialmente: imagens das futuras obras pujantes do candidato + música triunfal; imagens do candidato sendo amável e generoso + música cálida e gostosa; pessoas pobres e infelizes + música melodramática (gerando a sensação de que o candidato tem bons sentimentos);  o final da propaganda + música bonita e otimista e/ou vinheta no mesmo clima (gerando esperança no candidato, assim como grudando sua imagem a esse fecho musical); e assim por diante.


SAIBA MAIS

- ALBUQUERQUE, Afonso de. A política do espetáculo. In: Dimensões, Rio de Janeiro, (1): 2-13, 1992.
- AQUI VOCÊ VÊ A VERDADE NA TEVÊ'. A propaganda política na televisão, Niterói, Universidade Federal Fluminense, 1999, 204 p. (versão da tese de doutorado)
- ARBEX Jr., José. Showrnalismo. A notícia como espetáculo. São Paulo, Casa Amarela, 2001.
- BARREIRA, Irlys. Chuva de papéis. Ritos e símbolos de campanhas eleitorais no Brasil, Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1998.
- BUCCI, Eugênio. O espetáculo não pode parar. In: ___. Sobre ética e imprensa. São Paulo, Companhia das Letras, 2000, p.188-201.
- BURKE, Peter. A fabricação do rei, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1994.
- DUPONT, Florence. O ator-rei ou o teatro na Roma antiga. Paris, 19 p.
- FORTES, Luiz Roberto Salinas. Paradoxo do espetáculo. Política e poética em Rousseau, São Paulo, Discurso Editorial, 1997.
- GEERTZ, Clifford. Negara: o Esatdo-teatro no século XIX. Lisboa, Difel, 1991.
- RUBIM, Antonio Albino Canelas. Neozapatismo: guerra de imágenes. In: Etcétera. México, (199):18-28, novembro de 1996.
- LA CONTEMPORANEIDAD COMO EDAD-MEDIA. In: NAVARRO, Raúl Fuentes e - LOPES, Maria Immacolata Vassalo de (orgs.) Comunicación. Campo y objeto de estudo. México, Iteso/Universidade Autônoma de Aguascalientes/Universidade de Colima, 2001, p.169-181.
- NUOVE CONFIGURAZIONI DELLE ELEZIONI NELL’ETÁ DEI MEDIA IN BRASILE. Trabalho apresentado no II Colóquio Brasil - Itália de Ciências da Comunicação. Florença, 2001.
- STACCIOLI, Paola. Feste romane. Roma, Tascabili Economici Newton, 1997.

E então, respeitável público, agora, com vocês...


Marketeiro politico explica o processo de criação da música política influente



Clipe jingle Lula-Lá – 1989 – Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Músicas instigantes para o sexo - a revanche feminina



Conforme prometido às garotas que ficaram inconformadas com o artigo sobre homens pegarem mulheres com a isca da música, considerando-o machista e sacana, aqui vai a nossa vingança maligna. Desta vez, seremos nós as caçadoras, nós que usaremos recursos sonoros (além de outras artimanhas...) para capturar os moçoilos. Só verifique antes se sua vítima o homem desejado não sofre do coração ou hipertensão; afinal, o objetivo não é eliminar o incauto, e sim fisgá-lo na sua teia, não é mesmo?  E esqueça de uma vez por todas aquele papo de que homem se pega pelo estômago. Naaaaaa... tudo conversa fiada pra enganar as bobinhas; homem se pega é pelo... ã... er... quer dizer... bem, mas continuemos.

Também não custa nada, alguns meses antes da caça, tomar umas aulas de expressão corporal e/ou dança do ventre, dar uma moderada no chocolate, na pizza e na feijoada e suar muito na academia, pra ficar com aquele corpinho da Suellen (Ísis Valverde) da novela Avenida Brasil. Sem esquecer também de comprar lingeries espetaculares, em modelos e cores que valorizem seu corpo e que agradem ao seu macho (preto é sempre uma boa opção, mas procure variar e, sobretudo, descobrir o gosto do gato antes.)   

Estou falando de você, após algum tempo de namoro (ou ficação), que vai variar de acordo com o grau de apaixonamento que seu mancebo estiver por você, durante o "bem-bom" fazer aquele strip mortífero para ele, podendo ser inclusive com dança do ventre, que é uma das mais eróticas formas de fazer seu homem subir pelas paredes de desejo.

Obs.: só muito cuidado, que certa espécie de homem não curte esse tipo de performance, caso em que, ao invés de estimulá-lo, você vai deixá-lo constrangido ou provocar-lhe risadas, o que seria o fim da noite e um mico homérico pra você.  Certifique-se antes das preferências do ser que deseja conquistar (ou apenas tornar um escravo sexual.)

Bom, aí vão algumas músicas para acompanhar com sensualdiade e classe as suas performances, sendo a primeira delas uma instigante música árabe para dança do ventre. E você mesma pode depois escolher outras dentro do mesmo espírito, no estilo e ritmo que mais achar interessante. Quanto a isso, uma última dicaqualquer música que você ponha, ele nem vai prestar atenção nela mesmo, ele só vai querer uma coisa. Mas homens são muito apressadinhos, então tome você as rédeas da situação, não deixe ele tomar atitude nenhuma, querendo te agarrar antes da hora. Chegue bem perto dele, bem perto mesmo, só deixe ele sentir seu cheiro, não deixe ele te tocar. Dance bem pertinho dele, rebole na frente, finja que vai beijá-lo e não beije. Ele vai enlouquecer. Espero e torço por que tenha noites deliciosas e que consiga seu homem.


Ansuya – BDSS – Música árabe para dança do ventre



Cocteau Twins – Suckling the Mender



Chris Isaak – Wicked Game



Mademoiselle K – Ça Me Vexe



Led Zeppelin – Since I’ve Been Loving You



Carla Bruni – Tu Es Ma Came




Guns'n' Roses - Since I Don't Have You






Esta é replay, mas não podia faltar: Touch and Go - Straight to Number One


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Toque de Silêncio no funeral militar


Se alguém já esteve em um funeral militar e ouviu o Toque de Silêncio, agora vai conhecer seu significado. Chamado Taps, nos dá um nó na garganta e faz muitos lacrimejarem. Mas o que ninguém conhece é a história desta canção. 

Em 1862, durante a Guerra Civil Americana, quando o Capitão do Exército da União Robert Elly (o país estava dividido entre a União e os Confederados) estava com seus homens perto de Harrison’s Landing, no Estado da Virginia, e o Exército Confederado estava próximo a eles, do outro lado do terreno. Durante a noite, o Capitão Elly escutou os gemidos de um soldado ferido no campo. Sem saber se este era da União ou da Confederação, o Capitão decidiu arriscar sua vida e trazê-lo para receber cuidados médicos. Arrastando-se através dos disparos, o capitão chegou ao homem ferido e começou a arrastá-lo até seu acampamento. Quando o Capitão chegou finalmente às suas próprias linhas, descobriu que em realidade era um soldado confederado. Mas ele já estava morto.

O Capitão acendeu sua lanterna para, mesmo na penumbra, ver o rosto do soldado. De repente, ficou sem fôlego e paralisado. Tratava-se de seu próprio filho. O menino estava estudando música no Sul quando a guerra se iniciou. Sem dizer nada a seu pai, o rapaz havia se alistado no exército confederado. Na manhã seguinte, com o coração destroçado, o pai pediu permissão a seus superiores para dar a seu filho um enterro com honras militares, apesar de ele ser um soldado inimigo. O Capitão pediu se poderia contar com os membros da banda de músicos para que tocassem no funeral de seu filho. Seu pedido foi parcialmente aprovado.

Por respeito ao pai, disseram-lhe que podiam fornecer um só músico. O Capitão então escolheu um corneteiro para que ele tocasse uma série de notas musicais que encontrou no bolso do uniforme do jovem falecido. Nasceu assim a melodia inesquecível que agora conhecemos como Taps, e que tem até uma letra:

Day is done, gone the sun - O dia terminou, o sol se foi
From the lakes, from the hills, from the sky – Dos lagos, das colinas e do céu.
All is well, safely rest - Tudo está bem, descansa protegido,
God is nigh. - Deus está próximo.
Fading light dims the sight -  A luz tênue obscurece a visão.
And a star gems the sky, gleaming bright -  E uma estrela embeleza o céu, brilhando luminosa.
From afar, drawing near - De longe, se aproximando,
Falls the night - cai a noite.
Thanks and praise for our days - Graças e louvores para os nossos dias
Neath the sun, neath the stars, neath the sky -  Debaixo do sol, debaixo das, estrelas,
debaixo do céu,
As we go, this we know - enquanto caminhamos, isso nós sabemos,
God is nigh - Deus está próximo.

Eu, filha de militar, ainda sinto calafrios de emoção cada vez que ouço o Toque de Silêncio (Taps), mas nunca soube que ele tinha uma letra. Nem sequer sabia a história da canção.

Quando lembrar, recorde com carinho dos que não voltaram das guerras fratricidas. Faça uma meditação, ou uma oração, para os soldados de todo o mundo que entregam suas vidas inutilmente.


Toque de Silêncio - Taps


 
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