quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A paz que eu não quero




(Esta postagem é uma pequena homenagem a uma pessoa muito especial, meu querido amigo Henrique, também deficiente físico e um cara de muita coragem e determinação).

Marcelo Yuka: “O que eu preciso pra viver em paz?

Marcelo Yuka é uma das figuras mais marcantes da música brasileira e foi o maior responsável pela colocação da banda "O Rappa" na relação das grandes bandas nacionais. Não só era o baterista como também moldava todo o discurso e posicionamento musical e ideológico do grupo. Marcelo Yuka ERA o grupo. No entanto, no auge da carreira, ele foi quase engolido pelo drama que transformou toda a sua vida: no ano 2000, num assalto em que levou nada menos que 9 tiros, ficou tetraplégico. Porém, numa feliz e surpreendente guinada, algum tempo depois nasceu um novo Marcelo Yuka, um homem que obrigou-se a descobrir novas formas de lidar com o próprio corpo, com a própria mente e também de se posicionar no mundo. Agora, no dia 30/11, ele vai lançar o documentário No Caminho das Setas”, sobre toda a trajetória de transformação que sucedeu o incidente, contando detalhes sobre sua ruptura com "O Rappa", suas novas empreitadas musicais, como a criação do F.U.R.T.O
., como foi o processo de adaptação à sua nova condição física, entre outras coisas. Sempre interessada em sua música e no que estava realizando depois do acidente, fiquei bastante curiosa em assistir o documentário e também ouvir o material solo de Yuka.
 

Deixo esta fala de Marcelo no TEDxSudeste como sugestão e aperitivo para despertar o interesse de vocês pelo documentário.

(VEJA EM TELA CHEIA - BASTA CLICAR NO CANTO INFERIOR DIREITO DO VÍDEO).




Mente, meditação e ação no mundo
  
Eu tinha noção de que o meu corpo tinha parado, mas achei que ia melhorar. Mas logo em seguida há uma fase em que a mente não acompanha a mudança do corpo, porque ela é muito rápida. Passei 34 anos andando, me movendo, trabalhando com meu corpo. É uma mudança dificílima. Eu não conseguia assimilar aquilo e caí numa depressão negra.”

    Então, busquei formas de superar minha condição e, entre outras coisas, tive acesso ao yoga, comecei a meditar, o que gerou uma profunda mudança na minha vida. Comecei a ler mais sobre neurociências e cheguei até um livro de 2006 que fala das pesquisas aprofundadas de cientistas sobre a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de buscar novas formas de ação, porque quando o corpo está lesionado, há uma forte tendência a que a mente se deforme para que outros sentidos sejam mais aguçados."

    ()

    "Nesse livro, esses neurocientistas vão até o Dalai Lama para estudar os lamas da contemplação, monges que ficam muito tempo meditando. Ele, com a sua cordialidade, mansidão e prontidão habituais, permitiu que os estudiosos filmassem e fotografassem esses monges em alta meditação. E o que observaram foi que a parte responsável pela felicidade fica enorme no cérebro deles. Isso é a constatação científica de que a mente é inteligente, sutil e prodigiosa, ela consegue movimentar o físico e criar um novo "formato" para si, afiando outros sentidos.”

    Comecei a ver que isso me dava uma nova noção do corpo. Que o meu corpo tinha algo como uma lagartixa que podia se regenerar, que podia buscar novas habilidades e virtudes sempre, que não era só uma questão de educação, de formação, mas também uma compensação vinda da adversidade."

    "Então pensei: que corpo eu quero ter? Qual o tamanho do meu corpo? Como artista, eu percebi que o tamanho do meu corpo, nem que fosse na porrada, tinha que ser o tamanho da minha sensibilidade. Ele não é o meu tamanho físico, mas o tamanho daquilo por que, por quem e como eu emociono.”

Além de ter-se notabilizado como um dos grandes compositores dos anos 90, sendo o autor da maioria das canções do Rappa, falando nelas da sociedade e da política, criticando a vida sem justiça que as pessoas levam nos dias atuais, Marcelo é líder de uma ONG de nome homônimo à sua atual banda, a F.U.R.T.O., e luta por maior realização de pesquisas com células tronco, para que estas possibilitem que ele e outros deficientes voltem a andar.

A paz que eu não quero

(VEJA TAMBÉM EM TELA CHEIA - DA MESMA FORMA ACIMA SUGERIDA: CLICANDO NO CANTO INFERIOR DIREITO DO VÍDEO).



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Paulinho da Viola – 70 anos de pura poesia




Há 70 anos (em 11 de novembro de 1942) nascia um cara que leva toda a delicadeza, elegância, simplicidade e sensibilidade de sua personalidade para o samba: Paulo Cesar Baptista de Faria – o Paulinho da Viola.

Paulinho da Viola. Único. Admirável.

Parabéns, Paulinho! Vida longa, felicidade, luz e muita poesia no seu caminho.

Portelense, circulou entre os sambistas da Mangueira – frequentando o já lendário bar Zicartola, de Cartola e Dona Zica. Paulinho da Viola está onde o samba de boa qualidade está. Sempre cantando baixinho, sem pressa, com emoção e um meio sorriso no rosto, é o que se pode chamar de artista completo. Compõe samba com partitura. Mas chega de falar dele. Vamos ouvi-lo. É muito difícil escolher canções no repertório de Paulinho. Tudo é bom. Minha vontade era listar ao menos 70 sambas, um para cada ano de vida dele. Ou dois, ou três... Mas não dá pra fazer isso. Então, com um aperto no coração e cheia de dúvidas e indecisão, acabei selecionando essas dez. Tem composições mais belas dele? Sempre. Cada canção de Paulinho nos fala ao coração de uma maneira particular. É muita coisa linda para hierarquizar. Eu não consigo hierarquizar poesia, sentimento, emoção. Vou listar o que me ocorrer agora. De qualquer forma, está aberto o espaço para os comentários, para quem se lembrar desse ou daquele samba memorável de Paulinho abrir a palavra. Será um precioso acréscimo.  

Ah, nessa playlist tem algo inusitado: além dos sambinhas, uma valsinha (“Vinhos Finos... Cristais”) e uma toada (“Toada”)  compostas por Paulinho. Vamos lá:


Quem quiser conhecer um pouquinho mais sobre esse artista ímpar, pode assistir ao documentário a seguir. É lindo.


“Vinhos Finos… Cristais”


 “Meu Mundo é Hoje”


“Para Ver as Meninas”


“14 anos”


“Cantando”


“Perdoa”


“Toada”


“Ame”


“Coisas do Mundo Minha Nêga”


“Vela no Breu”



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mais músicas para cada signo do Zodíaco




Muitos e muitos seguidores do blog têm pedido mais músicas relacionadas aos signos do Zodíaco, além de termos observado que uma das nossas postagens mais visitadas, há muito tempo, vem sendo a "Músicas Para Cada Signo". Então, aí vai mais uma seleção delas.
Devo lembrar que não acredito inteiramente em astrologia, mas gosto do assunto, no que se refere à descrição das personalidades pelos doze signos (sobretudo devido ao meu gosto por psicologia.) Já quanto a previsões, posso afirmar com certeza que não existem, e quem diz o contrário é charlatão. Mesmo. Porém, observo que muito do que se diz sobre os signos + ascendente + posição da Lua, assim como outras configurações astrológicas de um mapa astral, combinam bastante com as pessoas. Estudiosos sérios do assunto afirmam, com convicção e argumentos bastante convincentes, que essa ciência tem fundamento. De qualquer modo, existe algo chamado “efeito Forer”,  ligado à capacidade de auto-sugestão das pessoas, que, guiadas por uma visão parcial e seletiva de sua personalidade, pode fazer com que elas aceitem como parte de si características ditas de determinado signo que na verdade estão associadas a qualquer um ou que as pessoas desejem para si mesmas, sem que contudo as possuam de fato – ou que pelo menos não seja só isso que integra sua psique. Em um experimento desenvolvido por James Randi e realizado pela turma do CQC, testou-se justamente essa capacidade das pessoas de atribuírem a si valores indicados através de uma fonte adivinhatória - no caso, de um mapa astral, com resultados muito interessantes. Infelizmente, o vídeo com esses resultados não se encontra mais disponível na net em parte alguma.
Mas relaxemos, deixemos de analisar muito seriamente a  questão e vamos à música que combina com nosso  signo, da maneira que muitos de nós pensamos e nos sentimos a respeito dele. E vamos curtir o som:


ÁRIES – música vigorosa, épica, que lembre guerra e conquista  - Stravinski – Firebird (Pàssaro de Fogo)



TOURO – música tranquila, para fundo, para relaxar em casa – David Sanborn – The Dream



GÊMEOS – música diferenciada, contemporânea, inteligente - Laurie Anderson - Gravity’s Angel 



CÂNCER – música romântica, amorosa, levemente melancólica – Marcus Viana – Do Amor e da Guerra




LEÃO – música chamativa, vibrante, dramática, grandiloquente – Lara Fabian e Laura Pausini – La Solitudine



VIRGEM – música perfeita, de classe, discreta, de uma beleza sutil e contida – Sade – Smooth Operator



LIBRA – música de bom gosto, clássica, romântica, tranquila –  André Rieu – Romantic Moments



ESCORPIÃO – música sensual, misteriosa, algo  luciferina – Smashing Pumpkins – Ava Adore



SAGITÁRIO – música alegre, entusiasmada, empolgante, dançante –  Ace of Base – I Saw the Sign



CAPRICÓRNIIO – música de classe, tranquila mas marcante e grandiosa  - Lara Fabian – I Guess I Loved You



AQUÁRIO – música excêntrica, original, alternativa, experimental – Uakti – Ovo da Serpente



PEIXES – música de bom gosto, criativa, evocativa, inspiradora, bonita, misteriosa, instigante, estranha, “de alma” – Blue Foundation – Eyes on Fire



 
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