terça-feira, 26 de junho de 2012

Militar com sensibilidade fora de série


James Hillier Blunt - James Blunt - nasceu em 04 de março de 1974, num hospital do Exército em Tidworth, Hampshire, Inglaterra. É cantor, compositor e multi-instrumentista dos gêneros pop rock, soul rock, folk rock e folk pop. Ele poderia se destacar em muita coisa, mas a música falou mais alto.
Vem de uma família de forte tradição militar. Primeiro filho de um coronel destacado do Exército britânico da Air Corps e piloto de helicóptero militar. Seu pai incutiu-lhe o amor por voar, e Blunt ganhou seu brevê de piloto aos 16 anos. Serviu por seis meses em Kosovo e depois fez parte da Guarda da Rainha. Além da carreira no exército britânico, Blunt cursou Engenharia Aeroespacial. Foi oficial da Life Guards, um reconhecido regimento do exército britânico e serviu no âmbito da NATO em Kosovo durante o conflito em 1999. Enquanto esteve destacado em Kosovo, foi apresentado ao trabalho dos Médicos sem Fronteiras (MSF), um grupo de ajuda humanitária mais conhecido por seu tratamento médico de emergência em regiões de conflitos. Desde então, Blunt tem apoiado os MSF, mantendo leilões beneficentes em muitos de seus concertos.

Carreira militar
Como o Exército Britânico patrocinou sua educação universitária, Blunt teria de servir um mínimo de quatro anos nas Forças Armadas do país. Formou-se na Academia Militar Real de Sandhurst. Uma das suas primeiras missões foi no Canadá, onde a sua esquadra foi postada por um período de seis meses em 1998 para atuar como o exército oponente em exercícios de treino.
Em 1999 serviu com as forças da OTAN no Kosovo. Inicialmente designado para operações de reconhecimento ao longo da fronteira Macedônia-Iugoslávia, Blunt e sua unidade trabalharam adiante da linha de frente, indicando as posições sérvias para os bombardeios. Liderou a primeira esquadra de tropas a entrar em Pristina e foi o primeiro militar britânico a entrar na capital de Kosovo. Sua unidade recebeu a missão de assegurar o aeroporto de Pristina. Houve momentos mais amenos durante a missão no Kosovo, no entanto; Blunt tinha trazido junto seu violão e, em alguns lugares, ao compartilhar uma refeição com os locais, Blunt se apresentava. Foi lá que, enquanto em serviço, ele escreveu a canção "No Bravery".
Bom esquiador, Blunt foi o capitão da Equipe de Esqui da Cavalaria Alpina, em Verbier, Suíça, e acabou se tornando campeão de todo o Corpo Real blindado. Estendeu seu serviço militar, em novembro de 2000, e após um intenso período de seis meses de um curso de equitação no Exército foi destacado para o Regimento de Cavalaria Montada Doméstica, em Londres, Inglaterra.


Formação cultural e aproximação com a música
Sempre ciosos da educação do filho, seus pais contrataram-lhe uma professora de piano e violino. James confessa que achava as aulas monótonas, sentia falta do que ainda não conhecia e que o empolgaria futuramente: a guitarra. Aos sete anos, Blunt foi para o colégio Harrow cursar desde o primário ao ensino médio, e foi exatamente nessa escola que ele conheceu a guitarra e começou a curtir rock, preferindo bandas como Pixies e Nirvana, assim como roqueiros mais antigos como Led Zeppelin e Supertramp.

James em busca de seu sonho
Aos vinte e oito anos, James finalmente vai em busca de seu grande sonho e abandona definitivamente a vida militar. Ele não imaginava o que o futuro lhe reservava; nem em seus maiores devaneios sonhava na grandiosidade de seu sucesso - e tão rápido. Sucesso também com as mulheres, devido à sua beleza e à mistura inusitada da doçura e sensibilidade do cantor com a força do militar destacado, além da admiração pelos seus muitos dons.
Ele fazia muitas apresentações, conversava e se reunia com várias pessoa influentes no meio musical, buscando uma boa oportunidade. Não demorou para chamar a atenção da EMI Music Publishing, com a qual assinou contrato. E foi em uma apresentação no Festival "South By Southwest" que Linda Perry o conheceu e lhe ofereceu um contrato em sua gravadora Custard Record, em Los Angeles. Era uma gravadora independente e ofereceu a James Blunt exatamente o que ele procurava: liberdade para trabalhar com o produtor que desejasse e produzir o álbum ao seu gosto.
 


O início do trabalho

Desde então, James Blunt não parou mais de trabalhar, seu sucesso é quase uma unamidade entre os apreciadores de seu estilo. Com um carisma sem igual, uma voz incomparável, doce, seus sentimentos profundos e ainda a figura física, arrebata multidões para seus shows e é um fenômeno de vendas. Somente seu álbum de estreia alcançou a marca de mais de onze milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Seu primeiro single vendeu dois milhões de cópias: "You're Beautiful". Seu segundo álbum, lançado quatro anos após o primeiro, vendeu em duas semanas mais de dois milhões de cópias.
James Blunt é um predestinado. Um ser humano incrível, uma história de vida intensa e uma aptidão admirável para a música, foi além do esperado e vem conquistando as plateias mundiais cada vez mais definitivamente.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Parabéns, Chico Buarque! 69 anos de música e poesia


Hoje, 19 de junho, é o aniversário do verdadeiro Rei da Música Brasileira, Chico Buarque. Ele completa 69 anos de vida. E que vida!

No time A entre músicos e compositores brasileiros e gringos, Chico é uma unanimidade nacional. Não à toa: é dono de uma criatividade sem fim e um talento extraordinário para a poesia, cheia de força, expressividade e delicadeza.

Em 1969, no auge dos "anos de chumbo" da Ditadura Militar no Brasil, exilou-se na Itália e, ao voltar, tornou-se o primeiro artista a envolver-se ativamente na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Tão sutilmente que muitas vezes nem os homens que cuidavam da Censura percebiam. Na carreira literária, além de outras obras relevantes, como seu livro de estreia "Estorvo", saudado enormemente por crítica e público, foi ganhador do Prêmio Jabuti pelo livro "Budapeste". 

Chico Buarque faz parte da minha história: cresci ouvindo a obra desse gênio da MPB. Quando o escuto, sinto saudades do tempo em que ia todo domingo com meu pai e irmãos à casa de minha avó paterna tomar chimarrão, cerveja e comer petisquinhos junto a alguns tios, primos e amigos. 

Adoro muitos artistas brasileiros, mas quem me conhece sabe: meu poeta soberano, que me sensibiliza, inspira e desperta reverência é Chico Buarque. Ele musicou tudo que sentia, até pediu ao inventor da tristeza que tivesse a fineza de desinventá-la. Com a maestria de grande sambista, cantou a política, o Carnaval, o amor e a boemia como poucos. Ironizou os dramas e dramatizou o cotidiano, cantou os grandes amores, felizes ou infelizes, falou de sensualidade com realismo e vigor, mas sem perder a classe e a sutileza.

Como disse uma vez um amigo: "aquela frase do Chico Buarque parece que foi feita especialmente para você falar para a sua namorada? Claro que sim! Por que você acha que ele conquistou e ainda conquista tantas mulheres?" Sua sensibilidade e conhecimento da alma feminina são célebres. 

Autor de quase oitenta discos recheados das melhores e mais lindas composições da MPB, são 69 anos de poesia em vida, de luta por causas nobres nacionais e de compreensão inigualável das mazelas humanas.

Obrigado, Chico! 

FELIZ ANIVERSÁRIO.


                                                                                                              Por Marlon Sérgio




Daniel Taubkin interpreta Chico Buarque

    

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Cinema, Música & Doenças Mentais - The Fly (Dave Mathews)

Olá, amigos!

Tenho andado um pouco (muito!) sumida, mas, como sabem, tenho muito carinho pelo Lero Musical, acho interessantíssimo, com pessoas que realmente sabem do que estão falando e mandando bem e dando show sempre! então, embora ausente, estou sempre presente e acompanhando.

Hoje eu volto para falar um pouco de um filme que assisti nessa madrugada e que me fez refletir muito...claro que o drama envolto em suspense me fez tremer e levar bastante sustos, mas a exposição do talento nato e raro, presente quase sempre nesses indivíduos portadores das mais variáveis disfunções e ou doenças psiáquitricas foi o que me chamou mais a atenção.

Pensei nas teorias e explicações e nas tentativas de busca por uma sonhada cura, vidas e variedades de descobertas maravilhosas sobre o nosso mundo "psico" (aproveitei todas, ADOROOO!), alguns filmes que tratam do assunto, como Cisne Negro, Rain Man, Uma Mente Brilhante, Bird, dentro muitos ótimos outros...o nome do filme é "Joshua, o filho do mal".

É sobre um menino de 9 anos altamente psicopata (bom, eu entendi assim, não vi relação com um "provável" sobrenatural)...é um filme que faz pensar, e assusta, pela proximidade, muitas vezes desconhecida, com esses indivíduos tão bem disfarçados de pessoas sedutoras, agradabilíssimas, e fiquei bem impressionada pela pouca idade do menino...achei bem interessante (infelizmente no mau sentido) alguém tão jovem e com todas as características do psicótico em tão alto grau...
 

*Pensar que não existe cura...a música que o menino toca com maestria ao piano no final do filme explica muito sobre o que ele, o doente, sente, ou não, já que, em princípio, trata-se de um psicopata.
Vale a pena ver o filme. Vale muito a pena ouvir a música. E pensar.
Música: The Fly (Dave Mathews)


Abraços,

Renata

domingo, 17 de junho de 2012

Da tristeza que se transforma em arte


É comum nos lamentarmos quando passamos por grandes tristezas, mas esquecemos que a dor é parte integrante e inseparável do homem, tanto como a alegria - e, mais que isso, necessária e importante -, porque é através dela que mais somos capazes de sair da superficialidade, da mesquinhez, do banal e corriqueiro, afinamos e elevamos nosso espírito, nos aprofundamos e enriquecemos como seres humanos e integrantes da nossa civilização.

Como exemplo da importância da dor, temos que a arte em todos os tempos não seria o que é, não seria uma das mais altas manifestações do espírito humano, seria muito mais pobre e inexpressiva, se pessoas como Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Goethe, Lord Byron, Virginia Woolf, Gauguin, Van Gogh, Fernando Pessoa, Billy Corgan, Tolstói, Shakespeare, Schumann, Schubert, Tchaikovski, Rachmaninoff, Chopin, Beethoven e tantos outros não tivessem passado por profundos sofrimentos e frustrações, que utilizaram como combustível para gerar as mais belas, vigorosas e inesquecíveis obras de arte.

Por isso, diante de uma grande dor... sim, sofra, chore o que tiver que chorar, não finja que a ferida não existe, não escamoteie seus sentimentos, SINTA (até porque, se você não fizer isso, não conseguirá livrar-se do que o fere) - mas não se paralise, não se encolha, não se apequene, siga em frente, perceba o quanto você é grande, digno e humano na sua dor. Siga o exemplo dos grandes espíritos e transcenda o sofrimento, transforme o que dói em energia poderosa, eleve sua alma, caminhe em frente e acima da dor e aproveite a imensa oportunidade que a vida está lhe oferecendo para ser maior, mais rico e mais feliz, quem sabe até realizar algo cheio de beleza e relevância.

Liane Dornelles

Moonlight Serenade (Sonata ao Luar) - Ludwig Van Beethoven




Jack White, gênio versátil


"O que estamos fazendo da vida além das coisas rotineiras: comer, beber, dormir, trabalhar, fazer sexo? Essas coisas todo mundo faz. O que está nos movendo para além? Quais as paixões que inspiram nossas ações no mundo, e que ações são essas? O que nos dá tesão de voltar para casa depois do trabalho, ou de acordar cedo num fim de semana?"

São estas as perguntas que Jack White se fez quando resolveu sair do "The White Stripes" (grupo que o popularizou e onde cantava e tocava junto à ex-esposa Meg White) e fundar a banda "The Dead Weather". Ele, que sempre foi apaixonado pela música, tinha em mente que não queria jamais perder essa paixão, e sentia que estava começando a fazer música burocraticamente, sem gosto, sem desafio, sem alegria. Na verdade, simultaneamente ao "The White Stripes" ele já houvera criado a banda "The Raconteurs", justo para evitar o tédio, o atrelamento às vontades das gravadoras, a mercantilização, o afastamento da arte e de suas convicções musicais para fazer parte do "show business", que levou muita gente boa do rock, como por exemplo Kurt Cobain e Jimi Hendrix, à depressão, às drogas e à morte.
Mas para White não era suficiente atuar em bandas diferentes, evitar a influência das gravadoras e das demandas do mercado. Ele queria mais: participar de todas as atividades ligadas à produção dos discos, conviver e trabalhar com gente diferente além de seus colegas de banda, diversificar suas atividades o máximo possível - ainda que se mantendo no âmbito da arte em geral e da música em particular. Foi nesse espírito, e graças também a seu sucesso com a crítica, competência e popularidade, que tocou como artista solo com gente diversificada como Jeff Beck, The Rolling Stones, Alicia Keys, Bob Dylan, Electric Six, Isane Clown, Loretta Lynn - da qual inclusive produziu e tocou no álbum "Van Lear Rose", de 2004 - entre muitos outros. E isso até hoje: ele gosta de estar sempre entre pessoas e estilos diferentes.
Foi também no mesmo espírito que participou do excelente filme "It Might Get Load", dirigido por Davis Guggenheim, com os grandes Jimmy Page (lenda viva do Led Zeppelin) e The Edge (U2), que trata das diferentes fases do rock'n'roll e sobre como foi criado o estilo de cada um dos três de tocar guitarra.

Trailer do filme "It Might Get Load", com Jack White, Jimmy Page e The Edge

E Jack White não pára. Lançou o disco country "Weather", pelo qual foi premiado com o título de "Nashville Music City Ambassador" (Embaixador Musical da Cidade de Nashville) pelo prefeito de Nashville, Karl Dean, em 2011. Tem uma gravadora própria e agora, em abril de 2012, acaba de lançar um álbum solo: "Blunderbuss", onde mostra que domina todos os estilos, do rock pesado ao country e o blues.
Entrevista com Jack White pelo jornal O Globo 
JG: Com qual estilo você realmente se identifica? 
Jack White: Acho que há artistas que se limitam muito, entram numa gravadora e se propõem a fazer um disco de rhythm and blues, ou um disco pop. Eu nunca entrei num estúdio e disse: eu tenho que fazer este ou aquele tipo de música. O que surgir, seja uma música country ou rock, eu apenas deixo fluir, o que vier na minha cabeça.
JG: Com o "The White Stripes", você fez uma turnê no Brasil em 2005. Que memórias tem de seus shows neste país?
Jack White: Uma das minhas melhores lembranças foi o show que fiz em Manaus, naquele teatro histórico, no meio do Amazonas. Foi incrível chegarmos num lugar tão distante e ainda encontrarmos tantos fãs. E isso era o que queríamos nessa turnê pela América Latina, não estávamos interessados no dinheiro; na verdade tivemos prejuízo, mas queríamos ir a lugares diferentes, onde nunca havíamos ido antes, fazer arte pura e receber a resposta de um público não condicionado pelo que é sucesso nas paradas. Eu adoraria voltar ao Brasil, foi uma das melhores turnês que eu fiz. O público é eletrizante, animado, cheio de energia; meus shows lá foram incríveis.
JG: E o "White Stripes" tem chance de voltar? 
Jack White: Não vamos voltar, está acabado. Foi uma decisão mútua. Foi uma coisa linda que eu e Meg conseguimos criar juntos, terminá-la foi com certeza uma decisão difícil de tomar. Tivemos muita sorte de conseguir criar coisas bacanas no White Stripes e acho que temos que respeitar isso.  
Obs.: Jack White (John Anthony Gillis), nascido em 12 de março de 1975, frequentemente citado como Jack White III, é cantor, compositor, produtor, multi-instrumentista e ocasionalmente ator, entre outras atividades eventuais. Gênio precoce da guitarra, dono de enorme carisma, voz privilegiadíssima e grande presença cênica, está na lista "The 100 Greatest Guitarrists of All Time" (Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos) da revista Rolling Stone. É considerado por muitos um dos únicos, senão o único, músico da atualidade que preserva a qualidade do bom rock. Tem uma particularidade: consegue solar na guitarra e cantar ao mesmo tempo com grande facilidade, ao contrário da grande maioria. 
                                                                                               Liane Dornelles
 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Maria Rita finalmente grava canções da mãe


Maria Rita começou a cantar profissionalmente aos 24 anos. Agora, com 30, a jovem, que se formou em comunicação social e estudos latino-americanos nos EUA, diz: “Você se encontrar na vida é uma tarefa muito difícil”. Filha de Elis Regina e César Camargo Mariano, de tanto dizerem que ela precisava cantar, Maria Rita considerou a possibilidade, mas resistiu durante muito tempo, com verdadeiro pavor e insegurança das inevitáveis comparações com a mãe, considerada por tantos a maior cantora do Brasil. “Encaro a vida como um grande processo feito de vários pequenos processos no caminho. Sempre quis cantar. Mas a questão não era querer. 

Era por quê e sentir-me segura. Não gosto de fazer nada sem ter um porquê e sem tranquilidade. Fica mais fácil quando você tem um objetivo, uma meta que legitimem seus esforços e amenizem o medo. O motivo passou a existir quando percebi que ficaria louca se não cantasse”, afirma. Após escolher a hora certa, apesar da enxurrada de criticas que a perseguiram injustamente por muito tempo dizendo que tentava imitar a mãe, ela não pode mais se queixar dos resultados que alcançou. Aliás, ninguém pode reclamar dos resultados alcançados por Maria Rita. Antes mesmo de lançar um CD, foi a vencedora do Prêmio APCA de 2002 como Revelação do ano.

Seu primeiro disco, “Maria Rita”, lançado em setembro de 2003, vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo. O primeiro DVD, que traz o mesmo título e foi para as lojas na primeira semana de novembro daquele ano, chegou à marca de 180 mil cópias. Ambos foram lançados em mais de 30 países, incluindo Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Equador, Finlândia, França, Inglaterra, Itália, Japão, Coréia, República Tcheca, México, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Taiwan e Venezuela. 

Os números referentes à jovem cantora são sempre impressionantes. Maria Rita alcançou, no Brasil (um mercado tido como em crise, ameaçado pela pirataria), Disco de Platina Triplo e DVD de Diamante; em Portugal, CD de Platina. Também, pudera… Foram 160 shows completamente lotados ao longo de 18 meses. O reconhecimento foi de público e de crítica. Maria Rita venceu prêmios importantíssimos em 2004: Grammy Latino nas categorias Revelação do Ano, Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção em Português (“A festa”); Prêmio Faz a Diferença (oferecido pelo jornal “O Globo”); o troféu da categoria Melhor Cantora do Prêmio Multishow e os do Prêmio Tim nas categorias Revelação e Escolha do Público. Do primerio CD dela, foram trabalhadas as músicas “A festa”, “Cara valente”, “Encontros e despedidas” (que foi tema na novela “Senhora do Destino”) e “Menininha do portão”.

O aprendizado para Maria Rita se deu todo de maneira instintiva e informal. Uma conversa com o pai, quando era mais jovem, ilustra bem isso. Maria Rita pediu que Camargo Mariano a ensinasse a tocar piano. Diante de uma negativa, encolheu-se: “Ok, você não tem tempo, não é?” O pai, que com certeza é uma das grandes referências musicais dela, discordou; disse que tempo, se fosse o caso, ele arrumaria.

O problema é que ele aprendera sozinho… “O que ele toca ele não aprendeu com ninguém, então ele não tem o que me passar”, entende agora Maria Rita, que seguiu trilha parecida. Soltava a voz e pronto. Passou a fazer aulas de canto, mais tarde, para “saber usar o instrumento”. Ela até gostaria de ter uma bagagem mais formal, mas por outro lado mostra-se satisfeita com os caminhos que escolheu guiada pelo instinto e pelo coração.

Em setembro de 2005, chegou às lojas o novo trabalho de Maria Rita, “Segundo”. O primeiro single foi “Caminho das águas”. Juntamente com a pré-venda do CD em lojas online, foi feita a “venda digital” do single “Caminho das águas”. Neste último caso, uma novidade no mercado brasileiro de discos, foram tantos downloads que houve congestionamento já na data de lançamento. Todo mundo queria ter Maria Rita gravada no computador. E não é para menos.

O novo CD rendeu à cantora uma extensa turnê no Brasil, participações especiais em diversos CDs nacionais (“Forró pras crianças” e “100 anos de frevo”), shows nacionais (Arlindo Cruz, O Rappa, Os Paralamas do Sucesso, Gilberto Gil e Mart’nália) e internacionais (Jamie Cullum, Mercedes Sosa e Jorge Drexler). O sucesso mundial de “Segundo” lhe rendeu, em 2006, mais dois Grammys Latinos — Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção Brasileira com “Caminho das Águas” de Rodrigo Maranhão — e mais de 50 apresentações no exterior com sucesso absoluto de público e crítica no Montreux Jazz Festival, North Sea Jazz Festival, Irving Plaza (NY), San Francisco Jazz Festival, dentre outros.

No dia 14 de setembro de 2007, Maria Rita lançou o seu terceiro CD “Samba Meu”, produzido por Leandro Sapucahy e co-produzido pela própria cantora. O CD teve lançamento simultâneo nos Estados Unidos, América Latina, México, Portugal, Israel e Reino Unido.
Em abril de 2008, a ABPD concedeu o Disco de Platina a “Samba Meu” pelas mais de 125 mil cópias vendidas do CD. O álbum também ganhou o prêmio de “melhor CD” no 15º Prêmio Multishow de Música Brasileira.
 

Maria Rita lançou o DVD “Samba Meu”, em setembro de 2008. Filmado ao vivo, no Rio de Janeiro, o DVD foi produzido por Maria Rita, dirigido por Hugo Prata (Zulu Filmes) e traz a íntegra do show e, como extras, os clipes de “Num corpo só″ e “Não deixe o samba morrer” (ambos dirigidos por Hugo Prata), um slideshow de fotos de Marcos Hermes e o making of da gravação.

Com mais de 190 mil CDs vendidos de “Samba Meu”, em novembro, Maria Rita ganhou o seu sexto Grammy Latino, como “Melhor Álbum de Samba”. Em dezembro, a cantora ganhou o DVD de Ouro pela mais de 40 mil cópias vendidas desde o seu lançamento.
A turnê de “Samba Meu” foi até meados de 2010. Praticamente em seguida, um convite para uma mini-temporada na Europa fez com que ela montasse um novo show, sem nome, com um repertório para piano-baixo-bateria-voz, de músicas que desejava cantar. 

Deu tão certo que rodou o país por mais de um ano e gerou pedidos de fãs para que aquelas canções fossem registradas num álbum. Assim, Maria Rita gravou “Elo”, lançado em CD e vinil pela Warner em setembro de 2011. No entanto, ela sempre teve um grande tabu: apesar dos insistentes pedidos de produtores e dos fãs, recusava-se terminantemente a cantar músicas da mãe, por respeito e medo das comparações.

 Recentemente, depois de muito relutar, finalmente resolveu fazer uma turnê em que cantou músicas de Elis. Em parceria com a Nívea, o projeto “Nívea Viva Elis”, com entrada gratuita e diversos eventos paralelos, como exposições de fotos, objetos e discos da mãe, também com entrada franca, foi um estrondoso sucesso. Maria Rita cantou algumas das maiores canções de Elis com sua voz impressionantemente parecida, mas em estilo personalíssimo. A “mistura” entre mãe e filha resultou em momentos mágicos, foi emoção à flor da pele.  

Num momento maravilhoso de sua carreira, e feliz por estar grávida (de algumas semanas) do segundo filho, fruto do namoro com o músico Davi Moraes, Maria Rita está exultante. Com toda justiça, colhe os frutos (depois de tantas dificuldades, como a incerteza se era ou não uma cantora e o longo desafio do temor e críticas da sombra da mãe) da consagração como cantora absolutamente individual e com lugar garantido entre as grandes da música brasileira. 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Quanto melhor os ingredientes de uma pessoa, menos tempo as são dadas.


Eva Cassidy nasceu 02 de fevereiro de 1963. Crescendo em uma família musical, nos arredores de Washington DC, ela cantava quando criança pequena e mais tarde aprendeu a tocar guitarra. Mesmo assim, uma criança ela tinha um dom incrível para perfeita harmonia, e em passeios em família, ela cantava, harmonizando perfeitamente com a música do rádio do carro. Seu pai, um professor de crianças com dificuldades de aprendizagem e um músico a tempo parcial, formou uma banda de família com Eva, seu irmão Danny no violino, e ele mesmo no baixo. 

Em 1986 ela  foi convidada para cantar no álbum da  banda liderada pelo amigo Dave e foi ouvida pelo produtor Chris Biondo, que, impressionado com seu talento cru incentivou e apresentou-a a outros músicos. Cassidy apareceu em vários álbuns como cantora de apoio. No início do ano  seguinte Chuck Brown e Eva Cassidy começaram  se apresentar ao vivo incluindo uma aparição no Blues Alley Washington. A colaboração com Chuck Brown foi uma das que Eva valorizava mais. Eles tocaram juntos e pareciam misturar-se instintivamente.

No final do ano, depois de uma check-up médico, Eva Cassidy teve a cirurgia ambulatorial para uma lesão maligna de pele nas costas. No início de 1994 ela gravou para a Blue Note Records e excursionou com o grupo  Pieces Of A Dream, Em janeiro de 1996 ela apareceu no Blues Alley novamente, uma sessão que foi gravada.  Eva tinha  sentindo dor no quadril há algum tempo. Eventualmente Eva fez uma série de testes embora o câncer era suspeito, só depois de vários testes o diagnóstico foi confirmado:  melanoma avançado. Ela foi informada que  tinha 3-5 meses de vida.

Eva foi internada, e um fluxo constante de amigos iam chegando trazendo frutas e flores. Ela se sentia mal que estes foram indo para o lixo, então ela pediu a alguém para trazer papel e lápis de cor. Muitas vezes ela não podia vêr os visitantes por causa do regime que tinha, então dessa forma que ela ajudou a seus visitantes a se expressar com ela. Quando alguém saiu do elevador e viu os corredores forrados com pessoas sentadas no chão a colorir, conversando e conhecendo uns aos outros, era uma cena maravilhosa de se ver. Eva tinha todos os quadros pendurados na parede grande  para que ela pudesse vê-los.
Em setembro, um concerto de homenagem a Eva foi organizado. Foi uma ocasião comovente para todos. Havia artistas diferentes tocando a noite toda. Eva Cassidy  em  um banquinho sentou-se para tocar e cantar "What a Wonderful World". Era surpreendente que ela reuniu todas as forças  para fazer o número e, claro, todos que a conheciam ficaram surpresos. Essa foi a última música queEva Cassidy cantou em público. Foi um daqueles momentos em que aqueles que estavam lá, nunca vão esquecer.
 Após o concerto Eva tinha um par de cem 'muito obrigado' cartões feitos. Ela fez um pequeno desenho para eles, um rosto em forma de coração a sorrir. Na última visita de seu irmão Danny pouco antes de Eva falecer, ele gravou a faixa de violino para "I know you by heart". Depois seu pai, irmão e amigos fizeram um show para ela fora de sua janela do quarto.
Eva Cassidy morreu no dia 02 de novembro de 1996. Ela tinha apenas 33 anos.

Por que eu não falei sobre a musica dela??? Esse foi o único show gravado. Vejam por vocês mesmos quem é Eva!!!




terça-feira, 5 de junho de 2012

Johnny Lang - o garoto prodígio do blues


Johnny Lang nasceu em 29 de janeiro de 1981, em Fargo, Dakota do Norte, EUA. É cantor, compositor e guitarrista de American blues, rock e gospel. Considerado o garoto prodígio do blues de sua geração, esse menino franzino surpreende e impressiona com sua maneira de tocar e a voz incomum, grave, visceral, cheia de técnica e paixão, comparada à de um antigo bluesman veterano, que já lhe garantiram muitos elogios entusiasmados e um lugar entre os grandes mitos imortais do blues.
Começou tocando saxofone com colegas de ginásio, enquanto tomava aulas de guitarra com Ted Larsen, o líder da "Bad Medicine Blues Band". Alguns meses depois, com 12 anos, Lang entrou para a Bad Medicine, que, pouco depois, com a ascensão espantosa do garoto, passou a se chamar "Kid Johnny Lang & The Big Band". A banda então se mudou da pacata cidade de Fargo para Minneapolis, onde, com produção independente, lançaram o álbum de estreia, "Smokin Lang", em 1995, quando Lang tinha 15 anos, cujo destaque era um cover de Robert Johnson, "Malted Milk". 
O álbum vendeu muito bem e logo se tornou um estrondoso hit. Essa vendagem e a enorme aceitação do público pela "Kid Johnny Lang & The Big Band" acabou culminando com a contratação de Johnny Lang pela A&M Records e o primeiro de muitos de seus Grammy Awards.
Johnny Lang teve estreia solo em 1997 com o álbum "Lie To Me", que rapidamente se destacou como um dos álbuns mais vendidos da safra de novos artistas. Os críticos e o público se deleitaram com esse álbum e também com sua maturidade e talento, a maneira fora do comum de cantar e tocar, nesta época com apenas 16 anos de idade. Com o lançamento de "Lie To Me" e sua completa aceitação pelo público, Lang caiu na estrada acompanhando nomes como Aerosmith, The Rolling Stones, B.B. King, Blues Traveler e outros. Sua carreira estava em franca e sólida ascensão; o garoto precoce já mostrava que vinha para ficar.
Em 1999, ele foi convidado para tocar para uma plateia na Casa Branca, incluindo o Presidente e a Sra. Clinton.
O segundo álbum oficial de Lang não demorou a sair, e foi intitulado "Wander This World". Esse álbum é uma fusão de blues, rhythm & blues, rock e baladas. Segundo o próprio Lang: "O blues teve um bebê, e nós o chamamos rock'n'roll". 
Destaque também para suas aparições no filme "Blues Brothers 2.000", juntamente com Wilson Picket e Eddie Floyd, e no "Free Jazz Festival" de 2011, em São Paulo/SP, onde deixou boquiabertos os presentes com sua presença de palco, voz e guitarra. Aquele garoto desconhecido, de quem não se esperava muita coisa, fez frente, com largas vantagens, a vários nomes consagrados do blues participantes. E foi assim em muitos outros eventos pelo mundo afora.
Suas principais influências são Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Luther Allison e Albert Collins. Em mais de dez anos na estrada, Lang tocou, além dos já mencionados, com Buddy Guy, Jeff Beck, Sting e muitos outros. 

Em "Breakin' Me", a música postada abaixo, percebam a potência e a emoção da voz de Johnny Lang em uma composição que fala de um amor perdido. O menino é verdadeiramente arrebatador.


 
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