quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Jornal britânico reverencia o crescimento da música evangélica no Brasil

- Por Marcos Melo -


Um dos jornais mais importantes da Europa, o britânico “The Guardian”, destacou o crescimento do segmento gospel no Brasil. Com o título “Gospel toca uma corda no Brasil, terra da bossa nova”, a reportagem abordou também a expressiva visibilidade da música evangélica na terra da samba e funk.
A publicação ressaltou o Festival Promessas, realizado e exibido pela maior emissora de TV do Brasil, a Globo. “Uma explosão de luzes fluorescentes, um rufar de tambores ensurdecedor e a declamação de uma parte do Salma 91: Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti”, definição dada pelo jornal ao evento.
O Festival Promessas foi gravado no dia 10 de dezembro, no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio, e exibido no dia 18 do mesmo mês, alavancando a audiência da TV Globo em 13 pontos (cada ponto equivale a 58 mil aparelhos de tv). A marca do mesmo horário no domingo anterior era de apenas 7 pontos.
Luiz Gleizer, diretor da Globo, disse que a emissora não poderia ignorar a proporção que a música gospel tomou no Brasil. De acordo com ele, a Globo percebeu a importância progressiva da música gospel na vida cultural brasileira.
O “The Guardian” afirmou que o mercado gospel brasileiro está avaliado em R$ 1,5 bilhão em 2011, atraindo várias gravadoras seculares, entre elas a Som Livre e Sony Music.
O crescimento do gênero gospel pode ser atribuído também ao fato do segmento ser o menos pirateado, obtendo a fidelidade do público alvo.
Fonte: The Christian Post


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Roberto Carlos - O Rei da MPB?


Por Marlon Sérgio - Blog Lero Musical

Quando eu começava a escrever esta postagem, curiosamente começou a tocar uma canção de Roberto na rádio do blog, enquanto no programa de calouros do apresentador Raul Gil um candidato cantava a música 'As curvas da estrada de Santos'. Coincidência, mas nada surpreendente.

Não quero fazer aqui uma postagem com a discografia e biografia de Roberto Carlos, posto que todos os fãs já conhecem o suficiente deste que é o mais popular artista da música popular brasileira. Optei por levantar algumas questões acerca do mito.

Quais os segredos que mantém Roberto Carlos, geração após geração, como o mais querido e elogiado cantor da MPB de todos os tempos? Há alguns críticos mais ousados que, mesmo com a iminente possibilidade de caírem em descrédito, questionam a coroa do 'Rei'.
O que há por trás dos contratos de exclusividade ou contrato vitalício que a Rede Globo mantém com Roberto Carlos? Embora a emissora ainda seja a líder em audiência em todo o país, não seria mais coerente e democrático que um artista tão popular e que conquistou a rara condição de independência da promoção e dos excessos midiáticos, circulasse livremente por todas as emissoras de rádio e televisão? 

Cá entre nós, há uma explicação razoável para que o artista mais consagrado e também um dos mais bem sucedidos financeiramente da música brasileira continue sendo um monopólio artístico da Rede Globo e, desta forma, impedido de se apresentar em outras emissoras igualmente populares?

Os artistas e críticos mais engajados questionam a postura política do Rei durante a ditadura militar. Roberto Carlos, como formador de opinião já na época, teria sido omisso diante da repressão e violências praticadas nesse período? 

Alguns pesquisadores vão além e afirmam que o homem que cantava Jesus Cristo e a amizade teria sido cacoete, informante da ditadura militar. E olha que ele não precisava disso. Está tudo documentado no Centro de Informações do Exército. 

E não teria sido somente ele. São citados também, entre outros Wilson Simonal, Agnaldo Timóteo, Clara Nunes, Wanderley Cardoso e Rosemary.

Clique nas imagens para ampliá-las

Bem, o carisma de Roberto é incontestável, a empatia entre o rei e seu público é fato. 
A linha melódica e poética de suas canções românticas conquistou uma legião de fãs apaixonados e fieis que se percepcionam nas letras de suas canções. A voz afinadíssima do cantor é outra qualidade a ser destacada. Então, com vocês, o Rei Roberto Carlos...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Raimundo Fagner - Uma Obra irretocável



 Cearense de Orós, aos 5 anos ganhou um concurso infantil na rádio local. Na adolescência formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria sua e de Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra. Mudou-se para Brasília em 1971, classificando-se em primeiro lugar no Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com "Mucuripe" (com Belchior).

Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, que tinha, do outro lado, Caetano Veloso interpretando "Asa Branca". O primeiro LP, "Manera, Fru-fru, Manera", veio em 1973 pela Philips, incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles. Mais tarde fez a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto.

De volta ao Brasil, lança outros LPs na segunda metade dos anos 70, combinando um repertório romântico a partir de "Raimundo Fagner", de 1976, com a linha nordestina de seu trabalho. Ao mesmo tempo grava músicas de sambistas, como "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola. Outros trabalhos, como "Orós", disco que teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal, demonstram uma atitude mais vanguardista e menos preocupada com o sucesso comercial.

Nas décadas de 80 e 90 seus discos se dividem entre o romântico e o nordestino, incluindo canções em trilhas de novelas e tornando Fagner um cantor conhecido em todo o país, intérprete e compositor de enormes sucessos, como "Ave Noturna" (com Cacá Diegues), "Astro Vagabundo" (com Fausto Lindo), "Última Mentira" (com Capinam), "Asa Partida" (com Abel Silva), "Corda de Aço" (com Clodô), "Cavalo Ferro" (com Ricardo Bezerra), "Fracassos", "Revelação" (Clodô/ Clésio) "Pensamento", "Guerreiro Menino" (Gonzaguinha), "Deslizes" (Sullivan/ Massadas) e "Borbulhas de Amor".


 
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