domingo, 19 de junho de 2011

Preguiça musical globalizada




Refiro-me às pessoas que se contentam facilmente com qualquer coisa que se toca nas rádios e em outros veículos midiáticos.  A qualidade musical em todas as suas nuanças cede lugar a letras e melodias pobres, repetitivas e fáceis de serem reproduzidas por qualquer pessoa e em qualquer lugar . Eu citaria alguns exemplos brasileiros: o sertanejo universitário (gostaria de chamar aqui de sertanejo analfabeto), o funk, que pra mim é uma versão musical de um filme pornô de baixa qualidade, e outros. Refiro-me também a cantores e compositores brasileiros e internacionais que ultimamente não conseguem descer do pedestal pra fazer musica boa. Pergunto-me qual foi a ultima vez que o todo poderoso Caetano Veloso e Gilberto Gil gravaram algo que preste!? Vanessa da Matta com o último CD não superou os outros (fica a impressão de que gravou às pressas pra fazer valer o contrato com sua gravadora).
Aqui na Europa não é diferente, seguem a velha máxima  “ nada se cria, tudo se copia”, talvez buscando elementos na produção musical da década de1980 (melhor década musical de todos os tempos), mas cópias mal feitas e sem qualidade. Gostaria de mencionar algumas diferenças que há na produção musical mais recente nos EUA, Europa e Brasil.
(Brasil): jovens bandas e cantores fazendo música que não valem um centavo do meu bolso: NX Zero, Fresno, Restart, Luan Santana, e por aí vai. Que saudades eu tenho de Cazuza, Renato Russo e muitos outros que eram cantores, pensadores e poetas!… Barão Vermelho nunca mais fez nada de bom. (Europa e USA): cantores jovens fazendo músicas de altíssima qualidade: Adele, Corinne Bailey Rae, Amy Winehouse, Rufus Wainright.  Em contrapartida, outros jovens decidiram usar e abusar de décadas passadas: Justin Bieber, Lady Bloody Gaga, Katy Perry, etc.!
Não tenho a intenção de ser parcial e pessimista, mas isso se torna inevitável!  Atribuo uma grande parcela de culpa por essa produção musical apática e de má qualidade ao próprio público consumidor conformado com o fato de fazer de seus ouvidos uma espécie de latrina ou depósito de detritos sonoros. Existe muita música boa e, na era da internet, quem procura acha.

                                                                                     Autor: Carlos da Costa

2 comentários:

Igor disse...

É isso aeew mesmo !!Compartilho dessa mesma opinião, e quanto a isso, realmente nao da pra ser imparcial. Eu acredito que tudo que um pessoa faz reflete o carater dela, e isso inclui o gosto musical. A pessoa que escuta por exemplo funk, ou esse pop, tanto faz, mostra que ela não pensa em relação ao que entra nos ouvidos dela, e como consequencia ela acaba se enchendo de coisas vazias, sem sentido nem qualidade, e isso reflete na personalidade,o jeito da pessoa, e por aii vai .
E Parabéns pelo blog !

Blog da Marjuriher disse...

Esse tema e a forma com que voce o abordou deveria ser debatido por jovens das décadas de 1990/2000, que realmente foram pegos por essa campanha midiática incessante em favor de uma música, de uma ideologia alienantes, com letras que não dizem nada, pelo menos nada diferente, nada que nos acrescente enquanto pessoas em busca de conteúdo, de reflexão, não apenas de entretenimento, posto que julgo ser esta apenas uma das funções da música - entre tantas outras - que podem nos tirar dessa mera e passiva condição de simples consumidores de uma forma de 'arte'produzida com finalidades puramente comerciais!

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